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Vingança

Burguesia segue torturando Abimael Guzmán após sua morte

Justiça peruana definirá se entrega o corpo de Guzmán à família ou dá-lhe sumiço.

Preso em 1992, ano do golpe de Fujimori no Peru, Abimael Guzmán, líder do Sendero Luminoso, morreu, aos 86 anos, na prisão. Mesmo após morto (talvez assassinado…quem sabe?!), Guzmán continua causando polêmica. A justiça peruana ainda está decidindo se entrega o cadáver do líder insurgente à sua família (o que seria o mais natural) ou se o coloca direto na fornalha.

Se observado apenas o ponto de vista legal, seria um total contrassenso, quando não uma imoralidade total, negar o direito da família de enterrar Guzmán. Mais do que isso, é uma total covardia destruir um cadáver simplesmente por vingança.

É na palavra vingança que devemos nos focar. Sejam os métodos de Guzmán e do Sendero Luminoso errados ou não, deve-se salientar o papel de ambos na história. O Peru é um país explorado violentamente pelo imperialismo. O Sendero Luminoso surgiu, então, como um movimento de reação de uma parcela oprimida. Isto não pode ser ignorado, goste-se ou não das ações de Guzmán e seus liderados.

Negar um enterro digno a Abimael Guzmán mostra, porém, uma faceta da história que tanto a burguesia quanto a imprensa burguesa tentam esconder. A popularidade do ex-líder do Sendero Luminoso. Fosse uma figura insignificante, um “Zé Ninguém”, não haveria polêmica alguma sobre o enterro de um simples defunto. Entretanto, alguém da popularidade de Guzmán está longe de ser um “Zé Ninguém”.

O próprio argumento do Ministério da Justiça do Peru comprova que Guzmán não era qualquer um. Segundo o ministro Aníbal Torres, “o Ministério Público deve… evitar que seja enterrado como qualquer outro preso, o que faria com que prestassem culto e homenagem a ele.”

Mais até do que vingança contra Guzmán e sua figura, a ação do Estado peruano é contra o Sendero Luminoso e qualquer memória da população peruana de que é possível, sim, rebelar-se contra a opressão. Poder-se-ia até dizer, de maneira irônica, que é uma tentativa de “cancelamento” de Abimael Guzmán e do Sendero Luminoso.

Isto mostra que o governo peruano não é tão “esquerdista” como diz boa parte da esquerda latino-americana. Menos “esquerdista” ainda é a posição canalha do “progressista” El País ao afirmar que Guzmán representa o “mal” no Peru.

Outro ponto não menos importante é observar o quão dispostos estão todos a negar direitos civis, apenas para satisfazer os interesses dos poderosos. Embarcar na histeria moralista da propaganda oficial da burguesia é o primeiro passo para a negação de todos os direitos.

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