Algumas pessoas se perguntam por que o Diário do Centro do Mundo (DCM), um portal considerado – pelo menos até o momento – progressista, colocou em marcha uma campanha de calúnias e mentiras de tipo policial contra o PCO. O DCM publicou alguns artigos baixos, acusando, ao melhor estilo da direita lavajatista, o PCO de ser corrupto.
Que as acusações são absurdas e infundadas não há a menor dúvida. Que essas calúnias podem servir como pretexto para uma ação policial, também não há dúvida. Inclusive, em um programa no canal do DCM no YouTube, chegou-se a afirmar que o PCO podia esperar a ação do Ministério Público. Mostrando que o jornalismo do DCM alcançou – logicamente não em tamanho – o nível de baixaria de uma revista Veja e outros órgãos podres da imprensa golpista.
Mas qual o motivo de tanta sujeira? A resposta deve ser encontrada em Guilherme Boulos e seus apoiadores. Em novembro do ano passado, o Diário Causa Operária publicou uma série de artigos políticos desnudando as relações entre o líder do PSOL, empresários ligados ao imperialismo e elementos da direita importantes no golpe de Estado de 2016. Essas relações, que são públicas, revelaram que Boulos, que a imprensa apresenta como uma alternativa radical a Lula, é um elemento ligado a setores da burguesia, mais ainda, dos setores mais pró-imperialistas da direita.
Boulos poderiam ter simplesmente respondido aos fatos levantados pelo DCO. Poderia ter explicado, por exemplo, que trabalhar no mesmo instituto que o general Sergio Etchegoyen, essencial no golpe de 2016 e chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo Temer, é uma demonstração de progressismo e esquerdismo. O instituto onde trabalha Boulos é o IREE (Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa), onde também ocupa cargos de direção o ministro da Defesa de Michel Temer, Raul Jungmann.
O presidente do IREE, Walfrido Warde, é empresário e advogado. Warde é uma espécie de cabo eleitoral rico de Boulos, tendo apoiado as últimas candidaturas do psolista.
O artigo do DCO mostra no detalhe as relações de Warde, Boulos, IREE e nomes da direita golpista e organizações imperialistas. O levantamento feito pelo DCO é político, ou seja, são fatos e relações que demonstram o relacionamento de um nome da esquerda com elementos direitistas inimigos dos trabalhadores.
Boulos se fez de desentendido e não explicou politicamente os fatos apresentados. Como resposta, apenas ataques ao PCO: “loucos e insignificantes”. Por algum motivo misterioso – ou nem tanto – Kiko Nogueira e Pedro Zambarda, do DCM, tomaram as dores de Boulos e de Warde. Primeiro ficaram histéricos, depois publicaram os artigos caluniando o PCO.
Essa demonstração de baixaria do DCM mostra que o DCO estava certo em apontar as relações sinistras de Boulos com Warde, IREE, Etchegoyen e cia. Bastava ter rebatido os argumentos, mas partiram para as calúnias mais rasteiras.
Se o PCO é tão insignificante, porque o DCM perde tanto tempo em seus ataques? Por que tamanha histeria? Como está dito na Nota Oficial do PCO: “a perseguição absurda que fazem ao PCO comprova de maneira cabal não apenas que as denúncias que fizemos sobre Guilherme Boulos, o PSOL, o IREE e Walfrido Warde são corretas, mas importantes o suficiente para que se gaste tempo e recursos com manobras baixas como as que vimos em várias “reportagens” do DCM contra o PCO”.
Um ninho de cobras peçonhentas foi sacudido e as víboras estão atiçadas.