No mesmo ano em que a Eletrobras e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), dois colossos que empregam milhares de pessoas e movimentam bilhões de reais, estão sendo privatizadas por uma corja a serviço dos vampiros do mercado financeiro, o ministro das Comunicações do governo Bolsonaro ensaia outra entrega criminosa do patrimônio brasileiro. Conforme anunciado pelo próprio Fábio Faria nas redes sociais, o governo Bolsonaro o enviou para os Estados Unidos para negociar a entrega da Amazônia junto ao bilionário Elon Musk:
Elon Musk é um dos vampiros por trás dos golpes de Estado na América Latina. Há não muito tempo, nem fez questão de esconder sua participação direta na derrubada do governo nacionalista de Evo Morales. “Vamos dar golpe em quem quisermos”, disse Musk, reafirmando o seu interesse em tomar o lítio do território boliviano. E é exatamente o que ele quer fazer no Brasil.
Segundo Fábio Faria, o objetivo do Ministério das Comunicações seria o de trazer os satélites da Tesla/SpaceX, de propriedade de Elon Musk, para a Amazônia. A desculpa? Favorecer o projeto de preservação “Amazônia Legal” e levar internet às escolas rurais. A verdade? Bolsonaro está permitindo que a tecnologia norte-americana vigie e monitore uma das áreas mais ricas e disputadas do planeta.
Quisesse Bolsonaro desenvolver a Amazônia, estaria investindo na indústria nacional, e não abrindo os cofres para os bancos, como fez no início da pandemia, dando 1 trilhão de reais para os tubarões do mercado financeiro, nem seguindo a política fiscal imposta desde o governo de Michel Temer. Bolsonaro está abrindo as portas da Amazônia para um homem confessamente golpista, um cidadão que patrocinou um golpe de características fascistas na Bolívia para roubar suas riquezas naturais. Bolsonaro quer que Musk repita isso no Brasil, mas sem precisar depor um governo porque o governo de Bolsonaro já é um preposto dos magnatas e bilionários imperialistas.
Se Elon Musk foi capaz de derrubar um governo inteiro na Bolívia apenas para roubar o seu lítio, por que então estaria interessado na “preservação” da Floresta Amazônica? Por que então estaria tão interessado na educação dos ribeirinhos? É óbvio que não está.
O interesse de Elon Musk, como é mais do que é óbvio, é tomar conta da Amazônia. É infiltrar-se em uma parte importante do território brasileiro, ocupando terras, expulsando a população local e vigiando ativistas e povos locais. É uma verdadeira invasão a um território que é patrimônio do povo brasileiro.
A parceria de Bolsonaro e Elon Musk não é, nem de longe, um caso qualquer. A ocupação da Amazônia é uma política do imperialismo. Neste exato momento, tropas norte-americanas estão explorando a Amazônia. Em toda conferência ambiental, surge a “preocupação” com a Amazônia, que é a fachada para que a França, a Inglaterra, a Alemanha e os Estados Unidos ingiram no País.
Permitir que capitalistas estrangeiros, seja sob a desculpa de “levar a tecnologia” ou de “preservar a floresta”, tomem conta da Amazônia é um crime de lesa-pátria. Bolsonaro, neste sentido, é um discípulo de Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e todos os antigos governantes que chegaram ao governo para entregar o país para os maiores inimigos da humanidade.