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"Amigos da onça"

Ataques dos “aliados” de Lula

Políticos da direita tradicional se passam por apoiadores do ex-presidente para defenderem seus interesses e dos grupos que representam e sabotar a campanha de Lula

Em entrevista ao reacionário O Estado de S. Paulo, na última semana, o “socialista” Márcio França, ex-governador de São Paulo, por seis meses – depois de ter chegado ao governo como vice na chapa de Geraldo Alckmin -,  além de exaltar  supostos “pontos positivos no PSDB”  a quem serviu  e que – segundo ele –  não devia ser tratado como inimigo”,  e de criticar o PT dizendo “nunca combinei muito com esse tom vermelho“, voltou a ameaçar o partido e o próprio candidato presidencial da esquerda afirmando que o fato de não ser apoiado como candidato a governador pelo PT, poderá ser “o erro [que] em São Paulo pode custar a eleição brasileira. O erro em São Paulo pode custar a eleição brasileira [do Lula]“.

Tudo para defender que, Lula – em SP – tenha “dois palanques”, o dele e o de Haddad. Ou seja, que Lula divida o apoio ao candidato do seu partido e que lidera as pesquisas sendo, até o momento, uma ameaça ha quase três décadas de domínio e devastação promovidos pelos tucanos, com ele que em 2018, na disputa presidencial entre Bolsonaro e Fernando Haddad, declarou neutralidade, depois de afirmar ter votado “com orgulho” em Alckmin e, de fato, ter se aproximou do bolsonarismo, tendo como apoiadores figuras de proa da direita como o senador eleito pelo PSL, major Olímpio.

Como acontece como outros setores da direita que recebem o apoio de Lula, França quer faturar em cima do prestígio de Lula, sem que tenha qualquer compromisso real com outros planos que não sejam os seus e dos setores da burguesia que representa.

Essa politica segue a lógica de toda a campanha da direita em torno da candidatura de Lula. Na última semana, por exemplo, a imprensa capitalista e até mesmo setores da imprensa alternativa deram algum destaque, ao fato de o ex-governador, Geraldo Alckmin (hoje no PSB), estar buscando nomear pessoas de sua proximidade para a coordenação de campanha e do programa de governo na chapa de Lula. Destacaram que Alckmin quer aliados de confiança na coordenação de campanha de Lula“ (Folha de S. Paulo, 17/5/22), para – supostamente – se valer de sua “experiência”, no governo de SP, para a elaboração de um programa de PPPs (Parcerias Público-Privadas).

Não pode haver dúvidas de que a presença do neoliberal tucano na chapa de Lula visa servir como base para pressionar o ex-presidente Lula e toda a sua campanha, no sentido oposto, na direção da capitulação para propostas que servem aos interesses da direita golpista, como a defesa das PPP, das privatizações etc.

Pressionam para que a campanha de Lula não seja um polo de defesa das reivindicações populares, mas sirva para a defesa do programa neoliberal de Alckmin, do PSDB, do PSB e outros setores da direita golpista para o País.

Essas manobras contra Lula, contra o PT e contra os trabalhadores se espalham por todo o País. Ainda nesta semana, destacou-se também. Caso de Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do País.  Lá, como em outros estados, a direção do PT resolveu ceder à pressão de políticos burgueses reacionários, como a do ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (ex-PSDB, PSB etc, e hoje no PSD) e o presidente do partido que o abriga, Gilberto Kassab (ex-ministro dos governos de Temer e Dilma; ex-secretário da Casa Civil de João Doria; ex-prefeito de São Paulo etc.). Esses “aliados” conseguiram que o PT não só abrisse mão de disputar o governo estadual em Minas Gerais, como também desistisse da candidatura ao Senado do seu líder na Câmara, o deputado federal Reginaldo Lopes e passasse a apoiar o senador Alexandre Silveira (PSD), candidato à reeleição. Silveira é ex-delegado de polícia e chegou ao senado após eleger-se primeiro suplente de senador do ex-governador Antonio Anastasia (PSDB), que foi indicado pelo “centrão” para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

Políticos execrados pela população e “chutados” até mesmo de seus partidos, como Geraldo Alckmin, “queimados” junto aos trabalhadores que diziam representar, como Paulinho da Força, não representam qualquer apoio real para Lula – uma vez que não têm apoio popular – mas se apoiam em Lula, no seu prestígio, para tentar minar por dentro o caráter combativo de sua campanha, que é a única de oposição real ao regime golpista decadente.

Com eles não há qualquer ampliação real  das bases da campanha de Lula – como muitos repetem , seguindo o PIG – mas uma clara tentativa de minar o espirito combativo da candidatura de Lula, com o que se buscam minar as chances de vitória de Lula que só poderá ser vitorioso através de uma ampla mobilização popular que derrote a direita.

A esquerda classista precisa dar a batalha para deixar para trás essa política de frente ampla com a direita golpista, de conciliação e rendição diante de setores que atuam exclusivamente na defesa dos seus próprios interesses e que não terão reservas de bandear para o lado de Bolsonaro, caso sejam “convocados” pela burguesia para derrotar Lula e todo o povo brasileiro. Uma política que vai dando cada vez mais espaço para a direita, colocando assim  a campanha de Lula no caminho da desmoralização e da derrota.

Para os trabalhadores e suas organizações de luta, trata-se de uma questão decisiva barrar essa situação por meio de uma mobilização da esquerda classista, da construção de milhares de Comitês de Luta, que levantem um programa próprio em defesa das reivindicações dos trabalhadores diante da crise e de luta por Lula presidente, por um governo dos trabalhadores, sem patrões e sem golpistas.

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