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2 de outubro, novo ato

Ampliar o movimento para o povo e não para a direita

O movimento Fora Bolsonaro envolve milhões de pessoas: é preciso trazê-las para as ruas

O número de pessoas que participaram do ato de sete de setembro não reflete, nem de longe, a quantidade real de pessoas envolvidas no movimento Fora Bolsonaro. Mais de 500 mil pessoas participaram dos atos de 29 de maio e de 19 de junho, mesmo sem haver um esforço das principais organizações de massas do País, como a CUT, o PT e o MST.

Se o movimento tem um potencial muito maior do que o que foi demonstrado no último ato, é preciso, portanto, fazê-lo crescer. Fica, portanto, a seguinte questão: como fazer com que o movimento cresça?

Não se trata de um problema complexo. Milhões de pessoas são vítimas do desemprego, da inflação, da fome e dos brutais ataques às condições de vida promovidos pelos golpistas. Esses mesmos milhões se identificam com o maior líder operário do País: Luiz Inácio Lula da Silva. Assim, para que os atos cresçam, é preciso convocar esses milhões para as ruas e apontar para as manifestações uma perspectiva clara: Fora Bolsonaro, Eleições Gerais, Lula presidente.

Em outras palavras, é preciso ampliar os atos para que o povo participe deles. É preciso fazer com que cada trabalhador revoltado com o governo Bolsonaro saiba quando será o próximo ato, onde será, que horas será, como participar, no que ele pode ajudar, como ele pode mobilizar seus vizinhos, seus amigos, seus colegas de trabalho etc. É preciso, ainda, que cada um desses trabalhadores saiba que o ato não é uma encenação para substituir Bolsonaro por mais do mesmo. Não é um circo para trazer de volta ao País a privataria tucana, nem um palco para carreiristas que querem se eleger deputado. É preciso explicar, por meio de uma agitação e propaganda que cubra todo o País, todos os municípios, todos os bairros e todas as fábricas, que a mobilização é uma revanche contra todos os seus algozes.

Neste sentido, o papel fundamental da esquerda neste momento consiste em tomar medidas imediatas para garantir a participação do conjunto da classe operária nos atos. Sua participação desde a organização das manifestações e à discussão sobre o seu conteúdo, até a participação efetiva na mobilização. É preciso chamar o povo, não para votar no senhor picareta fulano de tal, que pedirá voto no ano que vem, mas para discutir: qual a política deste movimento? Para onde ele vai? A quem ele interessa?

É hora, portanto, de democratizar o movimento. Convocar plenárias nacionais para que as posições políticas de cada partido sejam conhecidas, bem como para apresentar para a sociedade qual o plano de luta da coordenação do movimento. É preciso, junto a isso, descer a organização até os municípios e os bairros. É preciso discutir em cada cidade do País como os trabalhadores irão sair às ruas. Há alguma cidade que não organizou um único ato nos últimos meses? Não tem problema: agora é a hora de reunir os simpatizantes do movimento e fazer o ato acontecer. É preciso formar comitês de bairro para que a participação nos bairros seja real. Para que os ativistas batam de porta em porta falando onde será o próximo ato, façam campanha financeira para levar o ônibus até o centro, enfim, para que o movimento tome a dimensão necessária para derrubar o governo.

Esse programa nada tem a ver com o que um setor minoritário da esquerda, desesperado para manter seus cargos em um regime que evolui cada vez mais à direita, tem proposto. A ampliação do movimento não deve se dar pela direita — até porque, não seria uma ampliação real. Para que os bairros operários se mobilizem, não é possível organizar um ato com a Polícia Militar ou com seus comandantes. Para transformar os atos em explosões contra a fome, não é possível reunir, no mesmo lado da rua, o povo pobre e explorado e o PSDB.

A direita golpista, que demonstrou não ter poder de mobilização algum no último dia 12, não só é um peso morto para o movimento: é um bicho malcheiroso, que espanta todos aqueles que estão se dispondo a travar uma luta séria. A frente ampla com o PSDB não só será inócua, como poderá levar a um desastre enorme, que seria a diminuição e a dispersão do movimento.

É por isso que o conjunto da esquerda deve se erguer em torno da palavra de ordem de “não à frente ampla!”. É preciso expulsar os inimigos da mobilização pelos meios que forem necessários, e convocar o povo, o único verdadeiro aliado da esquerda, para a luta contra a extrema-direita e o imperialismo.

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