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Eleições

Alckmin não é um “companheiro”, é um inimigo

A verdade é que o tucano não mudou nada, e a única diferença é que ele, como tantos outros, está buscando se reciclar em outro partido

Nesta semana ocorreu uma solenidade em que o ex-presidente da república, Lula, apresentou seu vice, Geraldo Alckmin, do PSDB, para disputar as eleições presidenciais de 2022. 

Disse Lula: “Daqui pra frente, você não pode ser mais tratado como ‘ex-governador’. Eu não posso ser mais tratado como ‘ex-presidente’. Você me chama de ‘companheiro Lula’ e eu te chamo de ‘companheiro Alckmin’. E fica tudo certo. Eu tenho certeza de que o Partido dos Trabalhadores irá aprovar o seu nome como candidato a vice. Eu, pessoalmente, quero dizer que já fui adversário do Alckmin, já fui adversário do [José] Serra, já fui adversário do FHC”.

O anúncio, ao contrário do pretendido, resultou em um verdadeiro balde de água fria na campanha do PT, de Lula, contra a direita golpista, da qual o próprio PSDB fez parte, tendo, inclusive, participado da deposição de Dilma Rousseff em 2016, além dos amplos e históricos ataques contra os trabalhadores brasileiros.

Lula apresentou Alckmin como “companheiro”, coisa que o tucano nunca foi e que ninguém está disposto a fazer, dentro ou fora do PT, especialmente os ativistas e manifestantes que estiveram nas ruas contra o golpe de Estado nos últimos anos.

O oportunismo do ganho imediato é uma política que pode destruir os planos mais amplos na luta contra o golpe e contra os golpistas. Chamar Alckmin de “companheiro” é fantasiar o lobo com pele de cordeiro para que ele possa levar adiante a política criminosa que o PSDB sempre levou. 

Os interesses de políticos burgueses como Alckmin são, via de regra, para satisfações e ganhos imediatos, pessoais. Não possuem compromisso com ninguém, e a confusão gerada com o anúncio de Alckmin como vice candidato de Lula revela esses problemas, e é por isso que o PCO é contra esse tipo de política. 

A ideia foi transmitir a mensagem de que Alckmin não é um inimigo do povo e de suas lutas, mas um “companheiro”. A verdade é que o tucano não mudou nada, e a única diferença é que ele, como tantos outros, está buscando se reciclar em outro partido, já que o PSDB está tomado por João Doria e companhia limitada. 

Obviamente não deixaremos de apoiar a candidatura de Lula, posto que a questão de Alckmin não muda o quadro geral da situação política. Recente matéria do The Economist revela bem quais são os interesses do imperialismo com relação a Lula e ao Brasil, chamando o ex-presidente de “ladrão de nove dedos”, “o maior corruptor da história”, etc. Ou seja, sua candidatura ainda guarda consigo a luta contra o golpe do último período. 

Porém, a repercussão do caso foi muito negativa e a burguesia, que não é trouxa, se valeu da frase de Lula para escarnecer a campanha do PT, aproveitando o fato de que a maioria das pessoas vê a manobra como um oportunismo grotesco, escandaloso. 

Se por um lado, no eleitorado mais direitista, isso não vai atrair ninguém, por outro, no eleitorado de esquerda, isso gerou uma insatisfação muito grande, uma revolta que tende a gerar crises dentro e fora do Partido dos Trabalhadores.

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