A final da Copa Libertadores entre Flamengo e Palmeiras, realizada no último sábado (27) no Uruguai, foi uma categórica comprovação da superioridade do futebol brasileiro não apenas sobre os outros países latino-americanos, mas também sobre todo o mundo.
Um jogo emocionante, demonstrando a excelência técnica das duas equipes, decidido em uma prorrogação de tirar o fôlego dos torcedores de ambos os times, deu a vitória, merecida, ao alviverde paulista.
Esse foi o terceiro título continental do Palmeiras, que se junta a São Paulo, Santos e Grêmio como tricampeão sul-americano. Se vencesse, essa honra seria do rubronegro carioca.
Uma semana antes, no mesmo Estádio Centenário de Montevidéu, Athletico Paranaese e Bragantino decidiam o título da Copa Sul-Americana, conquistado pelo clube curitibano.
O ano de 2021 foi monopolizado pelo Brasil a âmbito continental. Dos quatro semifinalistas da Libertadores, três foram brasileiros (o Atlético Mineiro foi derrotado pelo Palmeiras). Na edição de 2020, a final também havia sido brasileira (Palmeiras x Santos). São três títulos consecutivos do futebol brasileiro na competição.
Assim, o Brasil se aproxima da Argentina em número de títulos da Libertadores (com 21, contra 25 dos vizinhos). Destaque-se, no entanto, que durante as primeiras décadas desde o início da competição, o Brasil não dava grande valor à Libertadores. Só começou a jogar para valer a partir dos anos 1990 ─ a partir daí, o Brasil venceu 16 vezes, enquanto a Argentina venceu 10.
Em termos de Mundial de Clubes ─ torneio que coloca, frente a frente, os campeões continentais ─, o Brasil é o maior vencedor, ao lado da Espanha, com 11 títulos. Porém, apenas três clubes espanhóis foram campeões, enquanto os brasileiros são sete. O Brasil é o país com mais clubes campeões mundiais.
Sequer é necessário mencionar a Copa do Mundo de seleções, na qual o Brasil reina com cinco títulos.
Os melhores jogadores do mundo também sempre foram brasileiros, com craques desde Arthur Friedenreich, passando por Leônidas da Silva, Zizinho, Pelé, Zico, Sócrates, Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, até chegar em Neymar.
O imperialismo, por sua vez, que domina a economia mundial (portanto, o coração de todas as atividades humanas), com esse predomínio busca submeter a política, a cultura e os costumes dos povos oprimidos do planeta inteiro.
No futebol, não é diferente. Ainda mais por este expressar a cultura de povos inteiros, particularmente o brasileiro. Sendo um Brasil um país pobre e atrasado, é um afronte ao imperialismo sermos os melhores no futebol, o principal esporte do mundo.
Logo, a perseguição e a sabotagem ao futebol brasileiro é sistemática e asfixiante. As grandes corporações capitalistas, o monopólio da imprensa, as confederações etc. fazem de tudo para talhar o nosso futebol ─ desde o roubo de jovens jogadores promovido pelos clubes e seleções europeias até a exclusão de nossos atletas de premiações individuais.
A campanha da imprensa imperialista (da qual a imprensa burguesa nacional não passa de uma lacaia), por seu termo, tem um destaque especial nessa operação. Faz de tudo para convencer o público brasileiro de que o nosso futebol não presta, nossos jogadores são piores do que os de outros países, nossos clubes estão falidos, nossos dirigentes são os mais corruptos do mundo etc.
A realidade, porém, se impõe. E o futebol brasileiro é mais forte do que todos esses adversários. A cultura do povo brasileiro é mais forte do que eles. Em última instância, o povo brasileiro é mais forte do que o imperialismo.
O Brasil é a maior potência futebolística. Sendo um país oprimido, é um exemplo para os nossos irmãos latino-americanos, africanos, asiáticos, de que um país oprimido ─ mesmo que seja no âmbito esportivo ou cultural ─ tem a força para resistir às imposições e ao domínio do imperialismo.
Viva o futebol brasileiro!