A extrema-direita de todo o mundo olha com bastante atenção a situação das eleições no Brasil. Como já foi dito anteriormente, Jair Bolsonaro é uma importante liderança da extrema direita não apenas nacionalmente, mas em todo o mundo. Isso ficou provado quando ele foi até o Equador saudar e tirar uma foto dando a “bênção” para o presidente eleito do Equador, Guillermo Lasso. Outro momento que mostrou a projeção internacional do presidente ilegítimo brasileiro foi no final do mês passado, quando Beatrix Von Storch, uma liderança do partido de extrema-direita alemão veio até o Brasil para se encontrar com Jair Bolsonaro e seus filhos. Além da importância da figura de Bolsonaro, o Brasil é um país de dimensões continentais e com muitas riquezas naturais que poderiam torna-lo uma pedra no sapado do imperialismo mundial.
Nesse sentido é que veio a declaração de Steve Bannon, um importante ativista da extrema-direita norte-americana, responsável pela bem sucedida campanha eleitoral de Donald Trump. Bannon esteve em um evento organizado por Mike Lindell, ao qual também foi convidado Eduardo Bolsonaro. No evento, Bolsonaro foi chamado para falar e discursou sobre a questão do voto impresso, pauta sobre a qual eles têm se apoiado para fazer campanha política no último período, além de divulgar vídeos das motociatas feitas em apoio ao presidente ilegítimo de extrema-direita.
Posteriormente, Bannon fez o seguinte comentário sobre as eleições brasileiras:
“Mais ou menos 30 dias antes das grandes eleições intermediárias, Jair Bolsonaro irá enfrentar o esquerdista mais perigoso do mundo, Lula. Um criminoso e comunista apoiado por toda a mídia aqui nos EUA, toda a mídia de esquerda. Essa eleição é a segunda mais importante no mundo e a mais importante de todos os tempos na América do Sul. Bolsonaro vai ganhar, a não ser que seja roubada pelas, adivinhem só, as máquinas”.
Apesar de a declaração incorreta com relação ao suposto apoio que Lula teria dos meios de comunicação norte-americanos, a colocação de Bannon demonstra a grande preocupação com que esse setor observa a situação brasileira. A derrota de Bolsonaro para Lula seria um importante abalo na extrema-direita internacional. Além disso, também mostra o quanto Bolsonaro irá ganhar terreno com sua campanha contra as urnas eletrônicas, que são claramente instrumentos preferenciais para a fraude eleitoral e que não são usadas em praticamente nenhum outro lugar do mundo.
No entanto, é importante não se confundir com a declaração de Bannon e acreditar que a vitória de Lula seria uma preocupação exclusiva da extrema-direita. Importantes setores da burguesia imperialista também não querem que Lula ganhe as eleições de jeito nenhum, estando dispostas a apoiar o próprio Bolsonaro caso seja necessário. Esta declaração mostra que, ao contrário do clima de ‘já ganhou’ da esquerda nas eleições de 2022, haverá uma verdadeira guerra e um vale tudo nas eleições presidenciais do ano que vem.
É preciso ter em mente a gigantesca importância das eleições brasileiras em um quadro de crise internacional do imperialismo e da candidatura de Lula, como representante do movimento operário de um dos países mais importantes do mundo. Nesse sentido, deve-se travar uma intensa luta para que sua candidatura não sofra outro golpe como ocorreu anteriormente, e para que ele seja vitorioso nas eleições. Com toda essa movimentação golpista em torno das eleições brasileiras, apenas a população nas ruas é garantia da vitória eleitoral de Lula.
