Para quem acompanha a situação política pela Folha de S.Paulo, o povo, sabe-se lá por quê, teria desistido de lutar contra o governo Bolsonaro. A crise sanitária continua, o desemprego é espantoso, a fome só aumenta… mas, para o leitor da Folha, os mais de um milhão de trabalhadores que saíram às ruas nos últimos meses para pedir “Fora Bolsonaro” teriam decidido guardar a viola no saco. Obviamente, tal coisa não tem o menor pé na realidade.
O povo está espumando de ódio contra o governo Bolsonaro — e tão ou até mais contra a direita “tradicional”. Uma gangue dos piores bandidos que o país já pariu está levando tudo: os empregos, a eletricidade, o petróleo, os alimentos e até a água dos brasileiros! Mais cedo ou mais tarde, a fatura vai ser cobrada, e não será com discursos bondosos.
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No que depender do povo, a hora de cobrar a fatura já chegou. Se houve alguma mudança de hoje para maio e junho, quando explodiram manifestações em todo o País, é que tudo ficou pior. A paciência de quem tem que trabalhar sem qualquer segurança sanitária, sem qualquer direito trabalhista e sem comida alguma na dispensa está no limite.
Essa revolta não aparece na imprensa golpista porque há um esforço deliberado em escondê-la. A burguesia, que foi expulsa dos atos Fora Bolsonaro, agora procura apresentar que toda a tendência de luta por parte da esquerda e do povo morreu. Ora, mas trata-se do exato oposto.
Militantes do #PCO29 e dos Comitês de Luta realizaram um mutirão na avenida Paulista, em São Paulo. A atividade teve como eixo central o Ato Nacional do Bloco Vermelhor pelo #ForaBolsonaro e #LulaPresidente. pic.twitter.com/jVEe1Iih1B
— PCO – Partido da Causa Operária (@PCO29) December 7, 2021
Quem está dando sinais de fraqueza é a própria burguesia. Incapaz de infiltrar Ciro Gomes nos atos, incapaz de colocar o PSDB à frente das manifestações, coube a ela agir como a raposa da fábula de Esopo, atacando o ex-presidente Lula e a esquerda e fazendo questão de dizer que os atos estão “apodrecidos”.
O que acontece, na verdade, é que, em mais de cinco anos de luta contra o golpe, os trabalhadores adquiriram uma experiência tão grande que não permite mais que incorram nos mesmos erros que levaram ao desastre de 2013. A conciliação com os golpistas, a política da “frente ampla”, já foi desmascarada como um fiasco a serviço dos golpistas.
Diante do recuo da direita, que tenta abafar as manifestações que acontecerão inevitavelmente, por causa do aumento da crise, é preciso que os trabalhadores passem para a ofensiva e ponham abaixo a ditadura dos golpistas. É hora de mobilizar os trabalhadores, com as próprias forças, e tomar as ruas para fazer com que o movimento avance.
Rumo ao Ato Nacional por #ForaBolsonaro e #LulaPresidente no próximo domingo, 12 de dezembro, os militantes do #PCO29 estão em plena mobilização e convocação, como a companheira Somone Souza na panfletagem nos portões da Braskem em São Paulo. pic.twitter.com/5yswScmcPQ
— PCO – Partido da Causa Operária (@PCO29) December 7, 2021