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Conflito Russo-Ucraniano

A esquerda precisa de um programa anti-imperialista de fato

A confusão política da esquerda tradicional chegou ao limite de estar totalmente alinhada ao discurso oficial dos grandes conglomerados da mídia capitalista internacional.

Os episódios recentes da geopolítica mundial envolvendo o conflito armado entre Rússia e Ucrânia evidenciaram a necessidade mais que urgente da esquerda brasileira de desenvolver um programa anti-imperialista independente de fato.

A confusão política da esquerda tradicional chegou ao limite de estar totalmente alinhada ao discurso oficial dos grandes conglomerados da imprensa capitalista internacional, representantes da burguesia monopolista em todo o planeta.

Na contramão desta confusão, o Partido da Causa Operária posicionou-se desde o princípio ao lado da iniciativa russa de agir militarmente no país vizinho, uma operação que se mostra, até o presente momento, totalmente defensiva na tentativa de dissuadir o avanço da OTAN e seus aliados neonazistas diante das suas fronteiras.

Além disso, o Partido realizou nesta terça-feira (01/03) atos de apoio à Rússia em frente às Embaixadas e Consulados do país localizados no Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Contando com a presença majoritária de militantes do PCO, os atos foram transmitidos ao vivo pela emissora russa Russian Today (RT), que inclusive foi banida e censurada em toda a União Europeia.

Conforme também exposto na Nota Oficial do partido, a posição do PCO demonstra que diante de conflitos do imperialismo contra países oprimidos, como é o caso da Rússia, a classe operária mundial deve colocar-se sempre de uma maneira clara e ativa ao lado destes últimos, independentemente do caráter do regime político e do governo desses países.

A esquerda pequeno-burguesa cai na farsa propagandística de que estamos diante de uma luta entre democracias e autocratas, sendo que o que existe de fato é uma luta encarniçada entre os povos oprimidos pelo imperialismo e este. Esta é a verdadeira essência do conflito. Isto é o que vimos no caso do Iraque, no caso do Afeganistão, Panamá, Irã, Granada, Iugoslávia, Líbia, Síria, Iêmen, Líbano, Palestina e tantas outras aventuras militares do imperialismo e de governos controlados por ele.

O imperialismo, que impõe uma ditadura mundial, não pode alegar atualmente que suas guerras sejam de caráter democrático ou defensivo. As guerras onde o imperialismo está envolvido são todas guerras coloniais. São guerras promovidas pelo controle de mercados pelos monopólios e a exploração infinita dos recursos naturais disponíveis nos países subdesenvolvidos. É assim na África, no Oriente Médio, na América Latina e agora na Eurásia.

É diante de problemas deste porte que a esquerda pequeno-burguesa brasileira, que apoiou o golpe na Ucrânia em 2014 a pretexto de que esta seria uma revolução popular, mesmo sabendo que as milícias nazistas eram a linha de frente deste golpe, agredindo a classe operária ucraniana, agora procura se esconder atrás de uma impossível neutralidade, que mal disfarça que vai passivamente a reboque do imperialismo.

O identitarismo ainda busca promover a ideia absurda de que o imperialismo defenderia as mulheres, negros e outros grupos historicamente oprimidos, via pela qual esta mesma esquerda domesticada se transformou numa correia de transmissão do imperialismo dentro do seu próprio País.

Nesse sentido, é preciso reforçar a necessidade de uma atuação independente da esquerda brasileira, que deve exigir intransigentemente:

  • A retirada imediata das tropas da OTAN de toda a Europa;
  • O desmantelamento das bases americanas em todos os países;
  • O fim dos acordos de submissão militar do Brasil ao imperialismo (como o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares);
  • A restituição imediata da Base de Alcântara ao Estado nacional brasileiro;
  • O fim dos embargos imperialistas genocidas contra todos os países;
  • A defesa de Cuba, Nicarágua e Venezuela diante da agressão imperialista;
  • Que o Brasil reconheça imediatamente as Repúblicas Populares de Lugansk e Donetsk;
  • Fora Bolsonaro, governo capacho do imperialismo. Fora a infiltração imperialista no Brasil como vista tanto na operação Lava Jato quanto no financiamento da atividade golpista, por órgãos como a Fundação Ford, a Fundação Open Society, o National Endowment For Democracy (NED) e think thanks como a Global Americans, etc.
  • Por uma frente de esquerda no Brasil em defesa da candidatura de Lula Presidente e um Governo dos Trabalhadores.

Só assim a esquerda como um todo, inspirando-se no exemplo russo, poderá levar adiante um movimento internacional de libertação dos povos oprimidos contra o imperialismo norte-americano e europeu e pavimentar o caminho pela construção do seu destino longe das garras dos atuais donos do mundo.

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