A plenária do Bloco Vermelho, ocorrida nos dias 6 e 7 de novembro, foi um tremendo sucesso. Tendo reunido centenas de pessoas de diversas organizações, a plenária contou com a participação de militantes e simpatizantes do PCO, do PT, do PCPB, integrantes dos movimentos de luta pela terra e moradia como MNLM e FNL e de entidades sindicais, como a CUT, além de diversos outros grupos da esquerda.
Durante a plenária, ocorrida em São Paulo, foram realizadas diversas falas e o debate foi instaurado para que um programa de luta fosse elaborado e lançado pela esquerda presente no local. Tudo isso ocorreu de forma a contrapor a estagnação do movimento pelo Fora Bolsonaro, com a qual as direções da esquerda pequeno-burguesa trabalharam para acabar ao tentar infiltrar a direita nos atos, proibir a palavra de ordem Lula presidente, instaurar o verde e amarelo em vez do vermelho, etc.
No segundo dia da plenária, foi realizada uma passeata na Avenida Paulista por parte das organizações presentes, com direito a faixas, bandeiras, carro de som e ao som da bateria Zumbi dos Palmares. Centenas de manifestantes participaram e contaram com a adesão e apoio de muitos dos transeuntes.
A principal resolução da plenária foi que, além do Fora Bolsonaro, é extremamente fundamental que a palavra de ordem que precisa ser adotada pela esquerda seja o Lula presidente. Essas duas palavras de ordem estão intimamente interligadas e uma só é possível se a outra também estiver na pauta das mobilizações. Não é mais possível negar que apenas Lula é o único candidato da esquerda capaz de derrotar Bolsonaro com o apoio da população, e isso precisa ser evidenciado por toda esquerda. Os próximos passos são claros: é preciso continuar com as mobilizações, com as palavras de ordem “Fora Bolsonaro! Lula presidente!”.
Na plenária foi decidido que, frente à estagnação dos atos, é preciso tomar a iniciativa de continuar com o movimento — foi com base nisso que o dia 12 de dezembro foi escolhido para ser a data do próximo ato nacional pelo Fora Bolsonaro, convocado para São Paulo pelo Bloco Vermelho. Tal decisão implica que uma grande campanha de convocação precisa ser realizada, com panfletagem e disseminação da mobilização nas redes, nos bairros, fábricas, escritórios, escolas, etc.
Mais uma vez, é preciso reiterar que o cenário atual da política brasileira faz com que a palavra de ordem “Lula presidente” seja fundamental para a derrubada de Bolsonaro. O golpe de 2016 foi um grande agravante na piora da situação da vida da população brasileira, tendo resultado em diversos outros acontecimentos que nos levaram à situação atual. A prisão sem provas de Lula, a fraude das eleições de 2018 e todos os outros crimes cometidos contra a população foram fatos marcantes que elegeram Bolsonaro, tudo isso com apoio do imperialismo e da direita brasileira.
É evidente que apenas a mobilização popular pode reverter tal situação e, junto a isso, apenas a candidatura de Lula é apta a derrotar Bolsonaro. A radicalização do povo implica também na pressão às direções do movimento operário e popular, colocando também em risco a dominação da burguesia — é por isso que, para que Lula seja eleito, a mobilização precisa continuar à todo vapor, e o ex-presidente precisa contar com todo o apoio da esquerda em conjunto com a população mobilizada nas ruas.
É por esse motivo que a campanha por Lula presidente anda ao lado do Fora Bolsonaro. A plenária do Bloco Vermelho deixou explícito que não existe volta nessa constatação e que os próximos passos são mobilizar a população para que seja realizado um grande ato nacional no dia 12, por um governo dos trabalhadores.
