Mais uma vez o editorial do Estadão, principal jornal da burguesia nacional, ataca o ex-presidente Lula. Há muitos meses, a imprensa golpista realiza sua campanha anti petista a todo vapor. Está claro que a burguesia não trabalha com a possibilidade da vitória de Lula nas eleições, tudo será feito para impedir que o candidato mais popular do país seja eleito, a direita tentará repetir o golpe de 2018 por outros métodos.
O ataque do Estadão desta vez foi à frase “movimento de campanha que devolverá a cadeira de presidente da república ao povo brasileiro.” Para o PIG é um absurdo Lula ser igualado ao povo, um operário nascido no interior de pernambuco ligado a luta do movimento dos trabalhadores há mais de 40 anos com uma gigantesca popularidade entre os trabalhadores não seria um candidato do povo. Ou ao menos seria tão do povo quanto o milionário fascista João Doria, o coronel abutre Ciro Gomes ou o funcionário dos EUA Sergio Moro.
Ao mesmo tempo, o jornal considera uma atitude “profundamente antidemocrática deslegitimar as eleições passadas”, isso porque foi um “fato incontornável” que as eleições de 2018 tiveram uma votação “limpa e absolutamente democrática”. O chilique do Estadão em relação aos acontecimentos de 2018 mostra o quanto está escancarada a fraude que elegeu Bolsonaro. O candidato mais popular do país foi preso ilegalmente numa operação totalmente farsesca e depois removido ilegalmente das urnas para garantir a vitória do segundo colocado. O único fato incontornável é que Bolsonaro é um presidente ilegítimo eleito em uma fraude eleitoral.
O editorial segue atacando o PT e Lula de autoritários, de se considerarem os donos da verdade e a encarnação do povo brasileiro e da democracia. Apesar disso ser uma farsa, comparado ao que é o Estadão, as demais instituições da burguesia e os candidatos da 3a via é possível argumentar que Lula de fato é a “encarnação do povo brasileiro e da própria democracia”. Basta sair do linguajar confusionista da PIG para compreender esse fenômeno.
O ex-presidente Lula é a principal liderança da classe operária brasileira desde as greves do ABC que derrubaram a ditadura militar. Desde a primeira eleição em 1989, ele é o candidato mais popular do país, justamente por expressar os interesses dos trabalhadores. As eleições de 1989, 1994, 1998 e 2018 todas foram marcadas por enormes manobras e golpes para impedir que o candidato mais popular fosse eleito, sendo o golpe mais escancarado o de 2018, que o Estadão deve considerar uma mentira incontornável.
O artigo conclui que “há outros nomes, outros modos, de fazer política. Mas o PT quer impingir ao eleitor que o seu candidato é o único candidato da democracia.” Para o Estadão, a população votar no candidato mais popular do país é um impingimento ao eleitorado. A democracia e o autoritarismo são palavras constantes na PIG, o que elas significam é difícil definir mas uma coisa é certa, a democracia para a imprensa golpista não significa que a liderança mais popular do país tem o direito a ser eleita presidente.