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Victor Assis

Editor e colunista do Diário Causa Operária. Membro da Direção Nacional do PCO. Integra o Coletivo de Negros João Cândido e a coordenação dos comitês de luta no estado de Pernambuco.

Síndrome de Munchausen

Uma agressão narrada por um militante da UJS

Ser pelego no movimento estudantil não é para amadores

Reproduzimos abaixo o relato de um militante da UJS sobre terríveis agressões.

Decidimos não identificar o seu interlocutor.

— Nome completo?

— Asterix Obelix Matrix.

— Gênero?

— Fluido.

— Identidade?

— É mais importante que a classe.

— Ocorrência?

Ocorrências, no plural.

— Certo, ocorrências.

— Agressão, ameaça, tentativa de sequestro, assalto, apropriação cultural, desacato e crueldade contra animais.

— Local?

— Na quebrada.

— Seja mais específico.

— Na Praça Santos Andrade.

— Pois bem, senhor Asterix, o que aconteceu?

— Senhor, não.

— Senhora?

— Ahm-ahm.

— Senhorita?

— Não.

— Senhore?

— Claro que não. Vou perdoar dessa vez. Me chame de malunga Asterix.

— OK, malunga Asterix, o que aconteceu?

— Eu estava indo entregar doces para minha vovozinha quando de repente uma horda de maníacos assassinos do PCO atirou em mim com metralhadoras.

— Eram quantos maníacos assassinos?

— Entre 5 e 6 milhões.

— Mil ou milhões?

— Milhões!!!

— Mas Curitiba não tem nem 2 milhões de habitantes… A PRF não registrou que tenha entrado tanta gente na cidade.

— Mil-homens, eu quis dizer. Entre 5 e 6 mil homens.

— Certo, malunga Asterix. Algum tiro pegou em você?

— Sim, 37.

— Chegou a ir ao hospital?

— Não, eu não me machuquei.

— Com 37 tiros?

— É. As balas entraram e saíram, não machucaram.

— Posso ver as marcas?

— Não deixaram marcas. É que não eram balas de verdade, sabe? É que eu me confundi, eram na verdade pedras de bodoque.

— Pedras também deixam marcas.

— Não deixam, não.

— É claro que deixam.

— Mas… Ah sim! É porque “pedra”, na língua nativa de uma tribo indígena quer dizer “chuva”. Você, como um branco hétero cis, não poderia saber…

— Certo, então não foram metralhadoras, foi a chuva. E onde entra o PCO nessa história?

— É que… É que… Eles roubaram meu capuz vermelho.

— Vermelho?

— Verde e amarelo.

— Certo, prossiga.

— Ele pintou de vermelho e colocou na estátua do genocida Borba Gato!

— Ele? Não eram 6 mil?

— Não, era um só.

— Você falou cinco ou seis mil homens.

— Não, era o nome do meliante. Cincocês Milhomens.

— Ah sim. Aqui está a ficha dele. É um senhor de 84 anos.

— Mas você não tem ideia do que ele é capaz de fazer! Ele tem um tiranossauro rex de estimação que coloca medo em qualquer um.

— Certo, certo. E esse capuz verde e amarelo, não é o que você está usando agora?

— Sim, mas é que eu consegui de volta. O Ricardo Nunes tirou da estátua do Borba Gato, pintou de verde e amarelo de novo e enviou para mim.

— Entendi. Mais alguma coisa para registrar, além do furto do capuz?

— A agressão.

— Qual?

— Da chuva!

— Claro, claro. Algo mais?

— Não dá para considerar uma tentativa de estupro?

— Não. Algo mais?

— Sim, sim! Quando chamei a polícia, eles mandaram o policial tomar naquele lugar!

— Lamento, mas se os policiais não deram parte, não podemos considerar que houve desacato.

— Não, o crime não é o desacato. É a homofobia!

— Vou anotar aqui. Terminou?

— Terminei. O que achou?

— Fascinante.

— Sério?

— Sim. Nos quarenta anos que trabalho neste hospital, tratei várias pessoas com Síndrome de Munchausen. Com seu relato, cheguei à conclusão que o PCdoB é o primeiro caso de um partido com a síndrome.

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