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Renato Farac

Membro na Direção Nacional do Partido da Causa Operária e colunista do Diário Causa Operária.

Porto Seguro (BA)

Só proibir o turismo vai jogar os trabalhadores para Bolsonaro

Medidas tomadas pela esquerda na Bahia ataca diretamente os trabalhadores e vai empurrá-los em direção a demagogia bolsonarista do prefeito Jânio Natal

O prefeito recém eleito no município de Porto Seguro, no Extremo Sul da Bahia, o bolsonarista Jânio Natal, tinha como um dos motes da sua campanha anular qualquer proibição de lockdown ou restrição ao turismo da cidade em total oposição a esquerda da cidade e das medidas tomadas pelo governador petista da Bahia, Rui Costa.

O bolsonarista Jânio Natal prometeu em sua campanha que a partir do dia 1° de janeiro, data de sua posse, abriria totalmente o turismo e nenhuma festa estaria proibida na cidade, conhecida pelo turismo, suas belezas naturais e as festas nos períodos de férias.

Em contraposição a abertura total do turismo e das aglomerações, o governo do estado da Bahia comandado pelo petista Rui Costa tomou uma série de medidas para proibir festas e o turismo em municípios do estado, em particular Porto Seguro, o terceiro destino mais procurado pelos turistas no Brasil.

Tanto foi assim que a justiça proibiu qualquer tipo de festas no município. A Liminar concedida no Plantão Judiciário do TJBA pela juíza substituta Zandra Anunciação Alvarez Parada, atendendo a um pedido de Rui Costa, proibindo o prefeito eleito de “autorizar, permitir ou viabilizar a realização de shows e festas, públicas ou privadas” pelo prefeito da cidade.

Rui Costa em seu twitter declarou que “Penso que não se pode colocar em risco a vida das pessoas em nome de 4 festas privadas em Porto Seguro. Confio na Justiça e vamos recorrer! Nosso decreto continua proibindo shows e eventos nos 417 municípios da #Bahia e tem um objetivo: conter o avanço da #Covid19 e salvar vidas”.

A esquerda do município apoiou as medidas do governador em proibir e reprimir festas e qualquer outra aglomeração achando que essa é uma medida que vai para a disseminação do coronavírus. Mas uma coisa tem que ficar muito claro: os trabalhadores do município dependem quase que exclusivamente do turismo, seja na informalidade ou registrados.

Há milhares de artistas, guias de turismo, vendedores ambulantes nas ruas e nas praias, funcionários de hotéis, pousadas e restaurantes que não possuem nenhuma outra forma de trabalhar ou alternativa de renda e proibir o turismo ou os chamados lockdown é uma sentença para passar fome para essa imensidão de trabalhadores.

É nessa “maré” de proibição de turismo, festas etc que estão “surfando” os bolsonaristas da cidade. Em primeiro lugar é claro que apesar das declarações do golpista Jânio Natal, a sua única preocupação é com os patrões da cidade e os lucros desse setor, nem que para isso o sistema de saúde entre em colapso e os trabalhadores sofram com as consequências do coronavírus, incluindo a sua vida.

Jânio Natal faz demagogia com a população dizendo que é preciso trabalhar, mas está interessado que a direita da cidade não tenha prejuízos. E é preciso denunciar essa demagogia e que o prefeito bolsonarista quer colocar a população a caminho de um abatedouro para se contaminar com o coronavírus, já que existe muita mão-de-obra na cidade.

É incontestável que Porto Seguro depende completamente do turismo e que não existe outros empregos para os trabalhadores da cidade. Nesse sentido, apenas proibir o turismo não serve em nada para combater o coronavírus na cidade porque não vai garantir que os trabalhadores fiquem em suas casas porque vão ter que encontrar uma maneira de sobreviver diante da falta de emprego. Se ficarem em casa vão com certeza passar fome.

E a direita, como o bolsonarista Jânio Natal, está se aproveitando dessa situação para fazer demagogia. Como não tem nenhum plano para defender a população, a única medida é se chocar as medidas aplicadas pela esquerda e pelo governo do Estado, que apesar de “boas intenções” somente agrava a situação da população.

Além das proibições é preciso garantir que a população tenha condições de ficar em casa através de medidas como o auxílio emergencial num valor adequado e não miserável. Qualquer medida que não tenha como garantir as condições dos trabalhadores ficarem em casa vai se chocar diretamente com os trabalhadores e jogá-los no colo de quem neste momento faz demagogia, a direita bolsonarista da cidade.

Existe a necessidade de denunciar a política genocida de Jânio Natal e que a prefeitura deveria pagar um auxílio emergencial para cada cidadão da cidade que esteja passando necessidade, uma vez que Jair Bolsonaro cortou até o auxílio emergencial no valor miserável de R$600,00.

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