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Antônio Carlos Silva

Professor de Matemática. Fundador do PCO, integra a sua Executiva Nacional. Atuou na fundação do Coletivo de Negros João Cândido. Liderou a criação e coordenação dos Comitês de Luta contra o golpe e pela liberdade de Lula. Secretário Sindical Nacional do PCO, coordena a Corrente Sindical Nacional Causa Operária, da CUT.

Mais de um milhão nas ruas...

Por um combativo bloco vermelho nos atos do dia 19

Os próximos passos serão decisivos na luta pela derrota da direita e pela vitória do povo trabalhador

Escrevemos essa coluna logo após a realização da IV Plenária Nacional dos Movimentos Populares que referendou e impulsionou a deliberação da coordenação nacional das frentes que integram o Movimento Fora Bolsonaro no sentido da realização de novos e massivos atos no próximo dia 19 de junho tendo como eixos a luta por Vacina para Todos, Auxílio Emergencial de Verdade e Fora Bolsonaro.

A expectativa é que o sucesso da mobilização do último dia 29 e o avanço da crise e da revolta popular contra os responsáveis por ela, multipliquem o número de atos – no Brasil e no exterior -, mais de 500 (?) e levem mais de um milhão de pessoas às ruas.

A mobilização ganhou o apoio explícito da maior liderança popular do País, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em entrevista à uma rádio do Piauí (9/6) declarou:

“…nós precisamos ir para a rua e cobrar que este país seja governado decentemente” e acrescentou que “somente o povo pode resolver o problema da ingovernabilidade do Bolsonaro”.

Lula acompanha o que já foi expresso por milhares de ativistas classistas do País que, deixando para trás a política do “fique em casa”, de de esperar pelas soluções prometidas pela direita “científica” ou de “ficar chorando no zoom” (como afirmou o próprio Lula), resolveram sair às ruas, com maior intensidade desde o 1º de Maio de Luta, da Praça da Sé, no 13 de Maio e, ainda mais, último dia 29, para dizer “basta!” e lutar no terreno mais propício e decisivo para os explorados pelo “fora Bolsonaro” e pelas demais questões centrais para o povo trabalhador, neste momento, como é o caso da vacina, do auxílio, do emprego, da moradia etc. etc.

Também estávamos nos preparando para a Plenária Nacional de Luta – do Bloco Vermelho, a ser realizada neste sábado, dia 12/6, com milhares de participantes agrupados presencialmente em mais de 50 cidades e on line, em todo as regiões do País, bem como de companheiros de vários países da Europa e da América do Norte.

Nesta Plenária os Coletivos de Luta, juntamente com o Partido da Causa Operária (PCO), da Frente Nacional de Lutas (FNL), do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), do Movimento de Favelas, da Aliança da Juventude revolucionária (AJR) e de muitos outros movimento de luta das mulheres, dos negros e ativistas classistas da CUT, da CMP, do PT e outros, iriam debater a necessidade de impulsionar uma perspectiva revolucionária no interior das mobilizações, seja em relação às necessidades mais sentidas do povo explorado, seja no sentido de uma luta mais ampla, para por abaixo o regime político, o que passa por combater pela unidade na luta de toda a esquerda no interior da mobilização, rejeitando a política divisionista que querem dar destaque àquilo que possa nos dividir (como as críticas ao PT e à Lula) ou à perspectivas ilusórias e até mesmo direitistas como o apoio às manobras e “saídas” da burguesia como desviar o movimento para lutar contra a Copa (junto com a Globo e o imperialismo), para apoiar a farsa da CPI da pandemia e suas soluções ou propor que os trabalhadores e a juventude esperem simplesmente pelas possíveis eleições de 2022 (ameaçadas pela política golpista da direita) para que os problemas dos explorados possam sejam resolvidos a partir de 2023, quando ninguém aguenta mais a matança, o desemprego a fome e a miséria que se abatem sobre nosso País, hoje.

Esse bloco combativo aponta, corretamente, junto com outros setores, no sentido de dar continuidade e ampliar a mobilização até a derrubada do governo e a conquista das reivindicações, e não tem dúvidas de que o decisivo é a força do povo nas ruas para derrotar o regime ditatorial vigente que, se não for detido, tende a se aprofundar.

Indica no sentido de pintar, cada vez mais, as ruas de vermelho, as cores do movimento de luta da esquerda e dos trabalhadores e no sentido da luta por um governo próprio dos explorados, um governo dos trabalhadores da cidade e do campo, sem patrões e sem golpistas.

Os próximos passos serão decisivos na luta pela derrota da direita e pela vitória do povo trabalhador.

A direita sente a pressão da mobilização, mas longe de apontar no sentido de recuar e aceitar “democraticamente” a ampla rejeição popular se prepara e atua no sentido de intensificar a repressão e a ditadura contra o povo, colocando claramente como perspectiva um novo golpe (golpe dentro do golpe!), que só pode ser derrotado por meio da mobilização popular.

Avancemos, então, com um combativo bloco vermelho nos atos do dia 19 em todo o País e no exterior. Nada temos a perder, senão os nossos grilhões.

Dia 19, um milhão de vermelhos na rua contra um milhão de mortos!

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