O mês de dezembro já iniciou mostrando que a frente ampla pode ainda muito surpreender. Em um artigo intitulado “diálogos possíveis”, Fernando Holiday, Isa Penna e Tabata Amaral, fazem uma união horripilante na defesa do “diálogo” entre “diferentes”.
Sob o lema “o que deveria ser e exceção de radicais virou regra da não convivência política”, os três jovens frente amplistas fazem uma matéria emocionante falando de diferenças políticas, da união da população, e por fim lançam o que será o primeiro episódio da série chamada “Diálogos possíveis”.
O primeiro destes jovens, Fernando Holiday, é um conhecido fascista do MBL, o mesmo surgiu como “capitão do mato” em seus primórdios, declarando que não havia racismo e atacando todo o movimento negro. Destacado pela burguesia como a figura negra que ficaria responsável por atacar todo povo preto e pobre, Fernando Silva Bispo, chegou a incorporar em seu nome a palavra “Holiday” para deixar claro a sua subserviência ao imperialismo.
Logo após, temos Tabata Amaral, figura tão direitista que abriu uma crise no PDT (!) por decidir apoiar integralmente todos os principais ataques do regime golpista aos trabalhadores. Tabata apoiou reforma da previdência, ataques aos direitos trabalhistas, privatização dos Correios e muito mais. Para a jovem “amiga” de Luciano Huck, a união com Fernando Holiday não surpreende mais, o mesmo podemos dizer de Isa Penna…
A dirigente do PSOL no estado de São Paulo, eleita deputada estadual, ficou famosa pela sua participação em atos do MBL, pela defesa intransigente da frente ampla com a burguesia e por enfurecer até mesmo os militantes do próprio PSOL com sua política cada vez mais abertamente direitista.
Os “diálogos” defendidos por este setor da esquerda pequeno-burguesa são na realidade uma política de reboque ao principal setor da burguesia golpista. Isa Penna e seus amigos cumprem um papel importante em meio a crise nacional: o combate à polarização política.
No texto assinado pelos três na Folha de São Paulo, os frente amplistas falam que o que antes eram posições dos “extremos” da direita e da esquerda, passou a ser posição comum entre toda população. Os mesmos afirmam que isso não passa de uma “anomalia”, quase que um efeito psicológico de repente passou a afetar não só toda população brasileira, como também, todo o mundo.
Sobre a polarização, Iza Penna e demais estão corretos, o povo está cada vez mais radicalizado contra o golpe de estado e a burguesia no geral. Os trabalhadores se deslocaram rapidamente à esquerda com a luta contra o golpe de estado, e as demonstrações desde então da política genocida da burguesia brasileira serviu para esclarecer para toda a população quem de fato são os reais inimigos dos trabalhadores.
De Tabata Amaral e Fernando Holiday já era de se esperar um ataque frontal aos trabalhadores. Contudo, as posições de Isa Penna e seu partido, PSOL, mostram que a suposta posição de “esquerda combativa” e “revolucionária” de sua organização está muito longe da realidade. Isa Penna está se unindo a extrema-direita para travar a luta contra a radicalização na classe operária.
Os trabalhadores, cada vez mais conscientes não aceitam mais uma aliança com a burguesia como Isa Penna e o PSOL querem. Ao mesmo tempo que estes atacam Lula por uma suposta conversa com Geraldo Alckmin, o PSOL faz campanha aberta contra a independência política da classe operária.
É uma verdadeira política contrarrevolucionária, que serve diretamente aos interesses do golpe e do imperialismo. E é a este serviço que Isa Penna e o PSOL se prestam a fazer contra os trabalhadores brasileiros.