Para os incautos, desavisados e os de má fé que viram na eleição do democrata Joe Biden a inauguração de uma nova etapa “civilizatória”, em oposição à “barbárie e à ameaça fascista”, os fatos e acontecimentos que vêm marcando a atual administração norte-americana jogam por terra qualquer ilusão, por mínima que seja, em relação às veleidades democráticas do representante maior do imperialismo. Biden, neste sentido vem executando com grande maestria o dever de casa, merecendo todos os aplausos e honrarias do setor mais agressivo e beligerante do imperialismo.
Não faltam exemplos de cumprimento do dever, exatamente como exige os senhores representantes do grande capital imperialista. Uma amostra dessa situação aconteceu na quinta-feira, dia 05 de agosto, quando os Estados Unidos realizaram “um novo saque do petróleo da Síria, extraindo 25 petroleiros do território da nação do Oriente Médio e levando-os para o Iraque através da travessia ilegal da fronteira de al-Walid, na área de al-Yarubia, no leste do país” (TEVÊSUL online, 06/08). O saque à riqueza natural da Síria, o roubo do petróleo, é feito através da província nordeste e posteriormente levado até o Iraque, país ocupado pelas forças militares norte-americanas desde o início do século, onde ali os EUA instalaram um governo fantoche pró-Casa Branca, que impõe aos iraquianos uma ditadura neocolonial fundada no terror e na corrupção dos governantes.
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As autoridades sírias vêm denunciando há meses as operações ilegais de saque do petróleo e outros recursos naturais do país pelo imperialismo. Tanto é assim que em julho de 2020 o governo do então presidente Donald Trump admitiu a operação de rapina durante uma audiência no Senado, em uma troca de conversa entre o senador republicano da Carolina do Sul, Lindsey Graham e o ex-secretário de Estado Mike Pompeo.
Em junho de 2020, a milícia pró-imperialista denominada “Forças Democráticas Sírias” assinou um acordo com a empresa norte-americana Delta Crescent que visa legitimar o saque de recursos sírios, denunciados pelo Ministério das Relações Exteriores da Síria como “um acordo entre ladrões que estão roubando e ladrões que estão comprando, o que constitui um ataque à soberania da Síria”. (TEVÊSUL online, 06/08).
Assim age o imperialismo em todos os quatro cantos do planeta, tanto sob a batuta de democratas como republicanos, não importa o rótulo, a etiqueta. Vale registrar que grande parte da esquerda mundial, vassala imperialismo, hipotecou apoio e saudou entusiasticamente a eleição dos democratas nos EUA, os mesmos que neste momento organizam e impõem aos povos oprimidos a mais dura política de sanções, bloqueios, guerras e ocupações.