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Izadora Dias

Izadora Dias é militante do Partido da Causa Operária em São Paulo, coordenadora do coletivo João Cândido e integrante da secretaria de organização do PCO. É militante anti-imperialista e anti-identitária. É estudante da USP e, além de colunista do Diário Causa Operária, participa do programa matinal da Causa Operária TV, o Reunião de Pauta, às sextas-feiras.

Totalmente impopular

Ninguém aguenta mais o identitarismo 

Muitas pessoas reagiram contra a censura da música "Com açúcar, com afeto" de Chico Buarque Mostrando que estão insatisfeita com o autoritarismo dos identitários

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Nesta semana ficamos sabendo da declaração do cantor e compositor Chico Buarque que ele não cantaria mais a música “Com açúcar, com afeto” a pedido das feministas. Segundo elas, a música é machista, pois representa uma mulher submissa ao homem, que depende financeira e emocionalmente do marido. 

Em uma publicação em seu twitter, a esquerdista Marcia Tiburi chega a elogiar a atitude de Chico Buarque, e acabou recebendo uma enxurrada de críticas, por agradecer o cantor por se autocensurar. 

https://twitter.com/domingoparque/status/1486438685218426891?t=zpwqMUeQ93F_EdOaLpVF5Q&s=19


Como podemos ver, a declaração de Chico não agradou o público, um setor da base da esquerda se mostrou contrário a decisão do compositor, pois cada vez mais pessoas compreendem que a mudança real não virá por meio desses medidos ditatoriais do que pode ser falado ou não. É evidente que o fato de deixar de cantar uma música “machista” não muda o fato das mulheres serem subjugadas aos homens no mundo real.

Pensando no caso da mulher representada na música de Chico, ela fica em casa enquanto o marido vai trabalhar e tem toda a liberdade de viver a sua vida, se divertir.  Uma situação tão comum as mulheres que não conseguem emprego por inúmeros motivos materiais e são obrigadas a prisão do lar. Mas as mulheres não conseguem trabalhar fora de casa, não por causa da música, mas porque não são contratadas pelas empresas que não querem arcar com os direitos da maternidade, por exemplo. Têm as mães que nem sequer conseguem procurar emprego, pois não há creches para deixar os filhos no horário de expediente. Ou então, acabam dependentes de relacionamento, quando engravidam fora do planejado e o aborto legalizado, público e seguro não é uma opção.

Enfim, são inúmeros problemas reais que aprisionam as mulheres as relações familiares, toda essa dependência material, o aprisionamento no ambiente do lar, infantiliza as mulheres, o que consequentemente se tornam mais frágeis emocionalmente e dependentes dos homens. 

Há um enorme abismo entre uma música deixar de ser cantada e de fato as mulheres deixarem de serem submissas. O “feminismo” que se preocupa com censurar músicas que denunciam a situação da mulher está muito mais preocupado em agir de maneira ditatorial do que com as mulheres que sofrem. Prestam um duplo serviço à direita, censurar a arte e afastar as mulheres da luta. A população acaba por achar que o feminismo é um movimento persecutório para calar as pessoas e não de fato lutar pelos direitos femininos, acaba finalmente criando um repúdio do povo pela luta da mulheres. 

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