Por quê estou vendo anúncios no DCO?

Autodefesa da Rússia

Esquerda pequeno-burguesa apoia o imperialismo

O novo dilema da esquerda pequeno-burguesa é a guerra entre a Ucrânia e Rússia, esquerda pequeno-burguesa procura qualquer argumento para não se opor ao imperialismo.

O novo dilema da esquerda pequeno-burguesa é a guerra entre a Ucrânia e Rússia, esquerda pequeno-burguesa procura qualquer argumento para não se opor ao imperialismo, condenado a Rússia ou alegando neutralidade. O repertório é vasto, às acusações para legítima a agressão imperialista vão desde o rompimento do tratado de não pela Rússia, até que esta seria um dos países imperialistas que dominam o mundo.

Tudo menos defender o agredido

Há entre a esquerda pequeno -burguesa todo um burburinho, o resultado é que os grupos e intelectuais, dessa esquerda pequeno-burguesa com maiores laços ao estado estão num frenesi para condenar a autodefesa da Rússia. 

Ignorasse toda a história recente do conflito, a intervenção imperialista na região, a ação das forças fascistas que desde 2014 já custaram a vida de mais de 14 mil trabalhadores contrários ao golpe fascista. Tudo para colocar a auto defesa da Rússia como uma agressão, isolada no mundo civilizado, essa parte é interessante, todas as agressões verdadeiramente imperialistas pelo mundo são ignoradas, principalmente no continente africano, mas invasão para autodefesa da Rússia que até agora teve um custo de vidas tão baixo que chegar a ser inacreditável, para a esquerda pequeno-burguesa é o ápice da barbárie.

Na lida do dia a dia com os colegas servidores da burocracia estatal, dois argumentos repetiram diversas vezes e tinham um pouco mais de elaboração, por isso os discuto aqui.

Quebra do acordo de Minsk de 2014

Os conflitos no leste da Ucrânia já resultaram em mais de 14 mil mortos, em 2014 uma tentativa de saída para esse impasse foi o Protolo de Minsk, composto dos seguintes 12 pontos:

  1. Assegurar o cessar-fogo imediato por ambos os lados em conflito.
  2. Garantir a supervisão e verificação do cessar-fogo pela OSCE.
  3. Descentralizar o poder, inclusivamente através da aprovação de uma lei ucraniana sobre a descentralização do poder, nomeadamente através de uma lei sobre o “regime provisório de governação local em certas zonas dos Oblasts (regiões) de Donetsk e Lugansk” (“Lei sobre o estatuto especial”).
  4. Assegurar a monitorização permanente da fronteira Russo-Ucraniana e a sua verificação pela OSCE, através da criação de zonas de segurança nas regiões fronteiriças entre a Ucrânia e a Federação Russa.
  5. A libertação imediata de todos os reféns e de todas as pessoas detidas ilegalmente.
  6. Uma lei prevenindo o julgamento e a punição de pessoas implicadas nos eventos que ocorreram nalgumas áreas dos Oblasts de Donetsk e de Lugansk, exceptuando em casos de crimes que sejam considerados graves.
  7. A continuação de um diálogo nacional inclusivo.
  8. A tomada de medidas para melhorar a situação humanitária na região de Donbass, no Leste da Ucrânia.
  9. Garantir a realização antecipada de eleições locais, em conformidade com a lei ucraniana (acordada neste protocolo) acerca do “regime provisório de governação local em certas zonas dos Oblasts de Donetsk e de Lugansk” (“Lei sobre o estatuto especial”).
  10. Retirada dos grupos armados ilegais, equipamento militar, assim como dos combatentes e dos mercenários pró-governamentais.
  11. Aprovação do programa de recuperação econômica e de reconstrução da região de Donbass, no Leste da Ucrânia.
  12. Garantir a segurança pessoal dos participantes nas negociações.

Entretanto, as agressões dos grupos fascistas ligados a ditadura ucraniana, continuaram, aumentou exponencialmente a presença do imperialismo e grupos fascistas na região tornando o país em uma espécie de centro internacional de formação fascista. Durante esse período o continuaram, havendo uma escalada da violência, com uma resposta mais enérgica da Rússia, com reconhecimento da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk. Ocorrendo a intervenção militar aberta apenas após o empenho do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky de integrar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Ou seja, o Putin realmente quebrou pelo seu lado o acordo de Minsk, e realmente a Rússia está invadindo o território do país vizinho, entretanto a ação é puramente defensiva da sua integridade diante do imperialismo. Desta forma a ação russa é totalmente justificável, ato essencial para a sobrevivência da Rússia como conhecemos hoje.

A invasão é um ato político da Rússia, e deve ser julgado como tal. Infelizmente a esquerda pequeno-burguesa a ver como um ato moral, analisando o evento fora da luta real. Como sempre essa medida moral da pequeno-burguesia, sempre é utilizada pela burguesia, resultando num desastre para os trabalhadores.

Rússia e EUA, dois imperialismos?

Outro argumento que apareceu persistentemente foi o de que a Rússia seria um dos países imperialista que dominam o mundo, assim como os EUA. Essa seria uma desculpa para a neutralidade no conflito entre EUA e Rússia, e ate para uma defessa da  Ucrânia.

Esse argumento além de nocivo, explorar a falta de clareza do que seria o imperialismo para defende os interesses do imperialismo nesse conflito. Essa logica serve ainda mais aos setores da pequeno-burguesia que querem justificar sua condenação da Rússia.

Eles afirmam que a Rússia por se uma potência regional seria uma país imperialista, entretanto não se colocar na equação qual seria a participação russa nos monopólios mundiais. Não explicam porque a ação de influência comercial e militar russa se limitar basicamente as usas fronteiras.

Teria que ser explicado porque a Rússia que não participar dos espólios das intervenções imperialistas pelo mundo. Os fatos demonstram que a Rússia estar indubitavelmente fora do cartel imperialista.

Defesa incondicional da autodeterminação dos povos

Um ponto que toda a esquerda ignorar é que os conflitos no leste europeu, tem sua origem na identidade daquele povo com a nacionalidade russa. As Repúblicas Populares de Donetsk e de Lugansk, são iniciativas dos populares dessa região, estando como parte essencial o reconhecimento do seu direito a autodeterminação.

A esquerda pequena-burguesa falar muito em autodeterminação dos povos, mas ao primeiro momento que se colocar condenar os povos que reivindicam sua autodeterminação para atender os interesses dos imperialistas. Temos que denunciar a intervenção imperialista na região e proclamar o direto de autodefesa da Rússia e de autodeterminação das Repúblicas Populares de Donetsk e de Lugansk.

A opinião do colunista não reflete necessariamente a posição deste jornal

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.