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Renato Farac

Membro na Direção Nacional do Partido da Causa Operária e colunista do Diário Causa Operária.

Eleições 2020

Esquerda esquece reivindicações para a luta pela terra

Para não entrar em choque com a frente ampla, esquerda pequeno-burguesa esquece das pautas da luta pela terra e os trabalhadores do campo

Durante o período eleitoral foram inúmeros despejos violentos, invasões de terras indígenas, fogo em aldeias e assentamentos, ameaças de morte e aumento da violência contra militantes da luta pela terra.

Diante desse cenário, os candidatos da esquerda pequeno-burguesa procuraram omitir sobre o aumento da violência no campo e a ausência total de um programa de reivindicações para os trabalhadores do campo.

A principal reivindicação para resolver essa situação foi quase esquecida: o fora Bolsonaro e todos os golpistas. Esse deveria ser o principal ponto apresentado pelas candidaturas da esquerda.

Isso porque toda essa violência está sendo estimulada e financiada pelo governo Bolsonaro e a direita para retirar os direitos de trabalhadores sem terra e indígenas. O governo golpista dá o sinal para suas milícias formadas de pistoleiros e pessoas que tem interesse no esmagamento da luta pela terra para terem acesso a minérios, madeiras e terras que hoje estão nas mãos de comunidades tradicionais e trabalhadores sem-terra.

Também está colocando em marcha um plano de privatização dos assentamentos rurais oriundos da reforma agrária e corte de todas as políticas e recursos destinados aos trabalhadores beneficiados.

Outras reivindicações não menos importantes, mas que não conseguiriam ser aplicadas minimamente com Jair Bolsonaro como presidente ilegítimo, não foram completamente esquecidas nessas eleições.

As reivindicações para os trabalhadores do campo sequer foram pautadas, como: imediato assentamento em todas as terras ocupadas; fim da repressão aos sem-terra; financiamento para os agricultores assentados e aos pequenos agricultores para a compra de máquinas e fertilizantes e condições de distribuição dos seus produtos; fim do subsídio ao grande capital agrário; expropriação de todos os grandes devedores (latifundiários e agronegócio); fim da repressão aos sem-terra; punição para todos os assassinos de sem-terra e seus mandantes; liberdade para todos os presos políticos, fim de todos os processos fraudulentos e intimidatórios contra os sem-terra e suas lideranças; dissolução das milícias paramilitares dos latifundiários; organizar a autodefesa dos trabalhadores rurais;

As eleições municipais são extremamente limitadas e insignificantes para qualquer perspectiva de mudança de vida dos trabalhadores e deveria ser utilizada para apresentar um programa e aproximar os trabalhadores com uma pauta de mobilização. Promessas vazias e a reboque da burguesia não servem para a esquerda e muito menos para aglutinar os trabalhadores.

Por isso, não há uma maneira de conviver pacificamente com Bolsonaro e muito menos aguardar até 2022 para derrotá-lo nas próximas eleições presidenciais. Até lá, a violência no campo poderá atingir níveis muito maiores que os atuais e as organizações dos trabalhadores e indígenas estarem esmagadas pela ditadura bolsonarista.

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