O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unicamp comandado por dois coletivos do PSOL, Juntos e Afronte, proibiu uma pessoa com deficiência (PCD) de falar em uma manifestação realizada no dia 13 de maio em resposta a um ataque nazi-fascista ocorrido na cidade de Campinas na semana anterior após o evento com o Lula.
Cabe lembrar que durante o evento com o Lula, o Presidente ao abraçar uma jovem PCD endossou que se ganhasse as eleições as pessoas com deficiência iriam dizer o que quisessem, assim como outros grupos, devido à importância destes para as políticas públicas.
Leia a denúncia do estudante do Instituto de Economia da Unicamp
“Na manifestação do dia 13/05 fiz minha inscrição para fazer uma fala. Fui informado que eu seria o terceiro, minha fala seria logo após a Vereadora Paolla do PT que se inscreveu igual todo mundo. Após um monte de gente discursar fui lembrar que eu existia. Pediram para eu falar só no final do ato lá na Moradia Estudantil pois a saída do ato estava atrasado e que iríamos partir naquele exato momento. Gentilmente consenti para não atrasar o ato. Ledo engano.
Após isto, um monte de gente e coletivos discursaram, inclusive a colega da USP de São Paulo que é do mesmo coletivo partidário do DCE até a pré-candidata a governadora do partido do coletivo que é da gestão do DCE. Pedi novamente a fala. Disseram que eu só poderia falar na Moradia, eu disse que era um absurdo fazer um PCD caminhar 30 minutos para fazer uma fala, enquanto todo mundo estava tendo direito à fala. Responderam ao tom de deboche que era uma pena e que seria assim. Antes eu não iria acompanhar, mas caminhei. Chegamos na Moradia e advinha? Novamente não me permitiram fazer a intervenção”.
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