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29 de Maio

Mais de 200 atos por vacina, auxílio e Fora Bolsonaro

A tarefa central da esquerda, das organizações de luta dos explorados, é dar continuidade à mobilização para parar a mão assassina de Bolsonaro e de toda a direita

Escrevemos essa coluna no momento em que em todo o País e até no o exterior, milhares de ativistas de toda a esquerda se preparavam para realizar manifestações em cerca de 200 cidades, reunindo – com certeza – dezenas de milhares de pessoas ou quem sabe ainda mais.

De qualquer forma, os atos deste dia 29 confirmam a enorme tendência de luta na atual situação política, produto da crescente revolta do povo contra a política genocida de Bolsonaro e de toda a burguesia à frente dos governos estaduais. Juntos, já levaram mais de meio milhão de pessoas a perderem a vida na pandemia. A situação ameaça se agravar com a chegada da “terceira onda” fazendo o total de brasileiros mortos ultrapassar a gigantesca marca de um milhão.

Essa calamidade sem igual em nosso País não é obra do acaso. Trata-se do resultado da política genocida do governo Bolsonaro e de toda a direita que, dele divergiu apenas em palavras. Não há, nem nunca houve, testes em massa, investimentos em materiais de proteção e na melhoria das instalações e equipamentos da rede pública etc. Governos estaduais e o governo federal se recusam a contratar os milhares de novos profissionais de saúde necessários, a melhorar seus salários e dar condições para um efetivo combate à doença. Pelo contrário, cortaram gastos, desviaram recursos e fecharam hospitais de campanha. As vacinas foram só mais uma promessa vazia e apenas pouco mais de 10% da população foi imunizada (isto é, recebeu as duas doses necessárias).

Além do genocídio pela COVID-19, a maioria do povo sobre com a explosão da fome, provocada – principalmente – por um desemprego recorde em toda a historia do País.

Neste quadro, dezenas de milhões de pessoas ficaram sem auxílio emergencial por vários meses e, parte delas, recebe agora apenas R$250, em média, insuficientes para comprar meia cesta básica mensal para uma pessoa ou para pagar apenas as contas de água e luz de uma família. Mesmo esta miséria tem previsão para pagamento somente até julho; mesmo sem qualquer previsão de que a pandemia vá cessar nesse período. Muito pelo contrário.

Com mais da metade dos trabalhadores desempregados ou vivendo de bicos, os patrões se valem dessa situação – e da paralisia dos sindicatos – para rebaixar os salários, que estão perdendo de goleada para o aumento do custo de vida, principalmente dos alimentos. Mais de 120 milhões de brasileiros estão em situação de “insuficiência alimentar”, ou seja, passando fome alguns ou muitos dias da semana. 

As “soluções” apresentadas pela burguesia e apoiadas por setores da esquerda pequeno-burguesa apontam apenas para um abismo ainda maior do que aquele em que estamos metidos: esperar pela vacina que não vem,  acreditar que o circo da CPI da pandemia vá resolver a crise ou ainda aguardar pelas eleições de 2022, para que, a partir de 2023, as coisas comecem a melhorar.

Os atos de 1º de Maio, na Praça da Sé, em São Paulo; no dia 13 de maio, contra o massacre do Jacarezinho no Rio de Janeiro e, agora, neste dia 29, apontam a rejeição à política reacionária do “fique em casa” e “morra sem lutar” por parcelas cada vez maiores dos trabalhadores e da juventude, da cidade e do campo, que se cansaram de promessas e de esperar e resolveram ir à luta, sair às ruas, pressionado – inclusive – setores das direções da esquerda, das organizações de luta dos explorados a se mobilizarem.

Isso ficou claro na mobilização do dia 29, nas dezenas de atos em todo o País que levaram milhares de pessoas às ruas, mesmo com os obstáculos políticos ainda colocados por muitos setores dirigentes que, por exemplo, defenderam atos simbólicos (sem uma ampla participação popular) como se viu no dia 26 no “ato das centrais”, em Brasília, convocado para um dia de trabalho, às 10 horas da manhã, sem uma ampla divulgação e mobilização de trabalhadores, ou que insistiram em realizar apenas carreatas, método tradicional de “agitação” de políticos burgueses que não possuem apoio popular.

Seja qual for o balanço final, a ser feito com base nos dados concretos das mobilizações, os atos – desde a decisão política de sua realização – foram sem dúvida, um passo importante, no sentido de uma ampla e necessária mobilização em meio à intensificação das lutas locais pelas greves e protestos por reivindicações setoriais (como as greves de metroviários, trabalhadores da Educação, rodoviários etc.).

O 29 de Maio foi um passo no sentido da unidade em torno de reivindicações fundamentais como a luta por vacina para todos, para o que é preciso quebrar imediatamente as patentes e colocar a vacinação sob controle popular; por auxílio emergencial de verdade, que precisa durar até o fim da pandemia (e não acabar em julho como está programado) e ser de – pelo menos – um salário mínimo e por fora Bolsonaro, que precisa ser derrotado nas ruas junto com toda a direita golpista inimiga do povo, que defende e coloca em prática a mesma política do governo fascista contra o qual diz fazer oposição.  

A tarefa central da esquerda, das organizações de luta dos trabalhadores e da juventude, é dar continuidade a essa mobilização, única forma de parar a mão assassina de Bolsonaro e de toda a direita. É preciso ocupar as ruas até derrotar a sua ofensiva criminosa, enfrentar e expulsar das ruas a direita fascista que apoia Bolsonaro e comemora o genocídio do povo.

As direções da campanha Fora Bolsonaro, que convocaram o ato do dia 29, e todas as organizações de luta do povo pobre e trabalhador não têm tempo a perder. É preciso aprovar, imediatamente, uma nova jornada de lutas e avançar por meio dessas lutas em direção a uma greve geral por vacina, auxílio, emprego e fora Bolsonaro.

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