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João Vitor Dauzaker

Membro da Direção Nacional do Partido da Causa Operária (PCO) e da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR). Estudante de Letras na Universidade de São Paulo (USP).

É preciso mobilização

A fome não pode esperar 2022

Para mudar a vida daqueles que estão ameaçados pela miséria, é preciso uma luta política revolucionária

Alcançamos recentemente marcas absurdas: 415 mil mortos decorrentes da pandemia de covid-19 e 117 milhões de pessoas que estão classificadas como “insegurança alimentar”, que, em outras palavras, podemos dizer que passam fome, em diferentes níveis. Somado a essa situação, há também no Brasil um aumento exponencial no número de moradores de rua. 

De acordo com uma nota técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) publicada em junho de 2020, o número de pessoas em situação de rua cresceu 140% entre 2012 e março de 2020 e alcançou 222 mil pessoas. Esse número ainda é subestimado.

A crise é gigantesca. 

Em meio a esse caos tivemos o 1º de maio, dia internacional de luta dos trabalhadores. O esperado seria que as organizações populares e sindicais saíssem às ruas e protestassem, no entanto, apenas o PCO honrou a luta dos trabalhadores e não se furtou do seu papel. 

Quem esteve presente, assim como eu, reparou o enorme aumento de moradores em situação de rua. Em poucos anos é fácil reparar o aumento de pessoas que dormem entre os bancos da praça, nos jardins, nas escadarias da igreja, em barracas, apenas com cobertores, etc.

Durante a concentração do ato reparei que vários carros pararam ali próximo de nossa estrutura para distribuir marmitas para o povo que não tem o que comer. 

Me surpreendeu que além dos moradores de rua se enfileiravam também trabalhadores comuns, mães com crianças que mesmo aparentando ser humildes, não creio que estivessem sem uma casa. 

A situação claramente caminha para um aprofundamento generalizado da pobreza extrema. O auxílio emergencial que deveria assegurar trabalhadores durante a pandemia acabará em poucos meses. Isso sem contar que o valor é uma verdadeira miséria e a parcela beneficiado é pequena.  

Enquanto isso ocorre o Brasil também aumentou seu número de bilionários. Passou de 45 para 65 bilionários. 

Enquanto os mais ricos se enriquecessem ainda mais, os mais pobres mais pobres ficam. 

A situação é insustentável. O número que não para de crescer de pessoas que passam fome e que vivem nas ruas das cidades é resultado do golpe de Estado e da política neoliberal e anti povo dos golpistas. 

As políticas sociais dos governos do PT tiveram certo avanço no sentido contrário, no entanto, os golpistas que tomaram de assalto o governo federal já trataram de desmanchar tudo que existia. 

Por outro lado, a política da esquerda pequeno burguesa, do “fica em casa”, serve apenas para ínfima parcela de privilegiados, o mundo real é que o foi visto na praça da Sé. 

Há os que dizem que são lutadores, mas só vão esperar a pandemia passar, quando acabar, voltam às ruas. Isto é, demonstram uma total indiferença em relação ao sofrimento do povo. 

É uma situação intolerável. Como viver num país onde mais da metade da população passa fome, 222 mil moram nas ruas? Tudo isso enquanto meras 65 pessoas têm fortunas bilionárias. 

Criticam Bolsonaro como responsável pelo genocídio, que de fato é, mas nada fazem contra toda essa situação. Propõem a mudança a partir de 2022, esperar as eleições, derrotar Bolsonaro nas eleições e daí reconstruir o Brasil. 

Ocorre que a situação precisa de uma ação enérgica agora. Aqueles que passam fome não podem esperar. 

Lutar contra essa situação é dever de toda pessoa minimamente consciente. A luta pela derrubada do governo Bolsonaro e de todos os golpistas é um passo adiante. No entanto, a única maneira de erradicar a fome e dar moradia para aqueles que precisam só será possível através de uma radical mudança da sociedade. Uma revolução social. 

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