Nesta semana, a jornalista da Rede Globo, Maju Coutinho, expressou a sua opinião em defesa do lockdown em rede nacional no “Jornal Hoje”.
A funcionária da Globo, após uma reportagem sobre as pessoas que não podem seguir a medida do isolamento, disse que o “o choro é livre”. Esta declaração não me causa nenhuma surpresa vindo da imprensa golpista, que representa e defende a política da burguesia, não devemos esperar nada de bom deles. Porém, a declaração de Maju Coutinho, causou polêmica e a extrema-direita não perdeu tempo para fazer demagogia com a questão do isolamento social. O próprio filho de Jair Bolsonaro fez a seguinte declaração:
Em primeiro lugar é preciso destacar que a extrema-direita faz pura demagogia sobre o lockdown. Esse setor alega que o fechamento do comércio causa danos para os empresários que precisam fechar seus negócios, mandar embora funcionários, etc.
Bem, se Bolsonaro e seus apoiadores estão tão preocupados com os microempresários, por que o governo bolsonarista desde o início da pandemia não auxilia os donos dos comércios? Por que o Banco Nacional liberou trilhões para os grandes capitalistas e não forneceu nenhum tipo de crédito para o resto os outros setores da economia, principalmente os pequenos e mais vulneráveis?
A questão do auxílio emergencial também está nas mãos de Bolsonaro. Se muitos brasileiros estão improvisando qualquer tipo de venda nas ruas, mesmo durante o decreto de lockdown em inúmeros estados, é porque essa população está totalmente abandonada e para não morrer de fome, está se virando como podem.
A extrema-direita, junto com a direita limpinha, simplesmente não se importa com o povo, todo esse apelo contra a fala de Maju Coutinho, não passa de demagogia, pois de fato, nenhum desses setores defendem uma política de auxílio para os trabalhadores e empresários, comerciantes durante a pandemia.
Em segundo lugar, temos a política da esquerda que apoia o lockdown, mas não leva em consideração a situação da população. De fato, muitos trabalhadores não podem seguir o isolamento social, para aqueles que não podem contar com herança, poupança, renda fixa e garantida, a situação é bem clara: se ficarem em casa sem trabalhar, podem não morrer de Coronavírus ou transmitir o vírus, mas com certeza morrerão de fome.
Um setor da esquerda, em vez de criticar o abandono da população, pressionar que haja uma solução econômica para que de fato aconteça o isolamento social, participam, junto com a direita, de uma campanha de assédio contra aqueles que não podem fazer o isolamento. Apontam que esse setor seria negacionista, bolsonarista, etc. Diante de uma extrema-direita que faz demagogia com a situação e uma esquerda que acusa o povo de sua própria desgraça, é evidente que um setor da população acabará acreditando na falsa preocupação dos bolsonaristas.