Durante o ano de 2021, no Estado de São Paulo, onde de forma mais intensificada imperou a demagogia da burguesia com a falaciosa campanha do “fique em casa” tocada pelo PSDB e a direita golpista, houve um aumento em 79% nos números de despejos.
Essa intensificação se dá em uma situação de crescente agravamento das condições materiais se sobrevivência da classe trabalhadora. Segundo pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), houve um aumento de 140% no número da população em situação de rua na última década. O processo foi se agravando ainda mais após o golpe de 2016 e atualmente pela pandemia.
Mesmo com todos esses dados e informações, fornecidos pelas instituições de pesquisa e ciência da própria burguesia, o governador fascista do Estado de São Paulo, João BolsoDória (PSDB-SP), em uma demonstração de como ele é civilizado e segue as instruções da ciência, resolveu vetar o projeto da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que propunha interromper os despejos durante a pandemia.
A frente ampla (neoliberal), que é uma ferramenta de manobra da burguesia na situação política atual, tem feito durante o último período e atualmente, uma feroz campanha pirotécnica entorno do “quanto” os governadores do país seguiam a “ciência” e todo aquele blábláblá que ninguém mais aguenta ouvir. Mas na hora do “vamo ver”, esses fascistinhas que querem se dizer distintos da política bolsonarista, tomam a mesma posição do Bolsonaro. Pois afinal, o Bolsonaro vetou o PL 827/2020, que também propunha o impedimento dos despejos em áreas urbanas durante a pandemia. Qual diferença fundamental entre Bolsonaro e o BolsoDória? Absolutamente nenhuma!
Recentemente, a esquerda pequeno burguesa que compõe a frente ampla, tentou descer goela baixo da militância combativa, a presença do PSDB nos atos pela queda do governo Bolsonaro. Foi e ainda está sendo feita, toda uma campanha histérica por parte desse setor, por conta de que o povo não tolera que seus inimigos tentem se infiltrar e implodir um movimento popular e de massas. Esse setor, vendo que os tucanos seriam esmagados pelo ódio que a população tem desse esgoto, tentam através de golpes nas cúpulas de direções, sabotar a realização dos atos de rua, para conter o desenvolvimento da luta anti-imperialista e portanto, contra o golpe que se estabelece no país.
Nesse sentido, os trabalhadores sem-teto, não podem servir de lastro e massa de manobra, para a política aventureira e infantil, de alpinismo social e carreirismo, da esquerda pequeno burguesa, e tampouco, para a manutenção da política neoliberal e fascista, que tem sido representada no país em maior grau, por João Dória (PSDB-SP) e Bolsonaro (sem partido). É preciso, nesse sentido, aumentar nossos esforços para a mobilização das massas e manter a guarda alta, porque os pelegos querem ajudar os golpista à avançar e aprofundar a política neoliberal, com uma possível eleição da chamada “terceira via” ou com a reeleição de Bolsonaro.