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Henrique Áreas de Araujo

Militante do PCO, é membro do Comitê Central do partido. É coordenador do GARI (Grupo por Uma Arte Revolucionária e Independente) e vocalista da banda Revolução Permanente. Formado em Política pela Unicamp, participou do movimento estudantil. É trabalhador demitido político dos Correios e foi diretor da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios)

Inimigos do humor

A vida chata e sem graça dos identitários

Escondidos detrás de uma aparência alternativa, os identitários são mauricinhos e patricinhas que não suportam ser contrariados e se ofendem com qualquer coisa

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A humanidade lutou por muitos séculos para poder ter liberdade, que ainda está longe de ter sido completamente conseguida. É fato, contudo, que hoje há mais liberdade em muitos aspectos do que nos séculos anteriores.

Houve o tempo em que simplesmente não se podia falar. Pensar qualquer coisa diferente do que estava estabelecido pelo poder dominante era proibido.

A luta pela liberdade de expressão proporcional uma incrível evolução na literatura, no teatro, nas artes em geral. Desenvolveu também a imprensa e as ciências.

Mas a luta pela plena liberdade da humanidade, que ainda precisa evoluir muito para ser conquistada, tem muitos inimigos. Um inimigo atual é a ideologia que se convencionou chamar de identitarismo.

Criada nas salas das universidades norte-americanas e de outros países imperialistas, essa ideologia esconde o extremo reacionarismo detrás de uma falsa defesa das minorias oprimidas. É isso o que faz do identitarismo uma ideologia pérfida e que está contaminando inclusive setores da esquerda ligados à classe média, facilmente influenciada por ideias universitárias e divulgadas pela imprensa imperialista.

Se o mundo fosse dominado pelos identitários a humanidade retrocederia no mínimo ao que era na época da Inquisição, quando não se podia falar, nem pensar em nada que não fosse o estritamente considerado “correto” para os padrões estabelecidos por uma horda de fanáticos controlados pelas instituições dominantes.

Felizmente, a humanidade não vai regredir, o identitarismo não passa de mais uma ideologia burguesa que virou moda na classe média, mas que logo será substituída por outra ou será simplesmente atropelada pela realidade do povo que não tem nenhuma familiaridade com ela.

Então, já que não domina o mundo, o identitarismo é apenas um momento chato e sem graça na vida das pessoas. O povo é obrigado a conviver com universitários, pseudo-esquerdistas e pseudo-intelectuais que decidiram que o mais importante na vida é controlar o que as pessoas vão falar. Para isso, gostam de clamar censura para as instituições burguesas contra aqueles que discordam deles.

Outra peculiaridade dos chatos identitários é a tentativa de intimidar e assediar moralmente os que não concordam com eles.

Para colocar em prática essa política de gente chata, eles são capazes de tudo, até mesmo assassinar a língua portuguesa, mudando artificialmente e erroneamente os gêneros das palavras. A imprensa golpista, principal porta-voz do imperialismo no Brasil, é quem impulsiona babaquices identitárias como a linguagem neutra.

O interessante é que, como a Globo, a Folha de S. Paulo, em suma, o imperialismo, incentivam essa babaquice, os identitários não têm medo de passar vergonha com suas teorias pseudo-intelectuais e anti-científicas.

Mas é preciso avisar os identitários que, embora ainda não saibam, eles estão passando vergonha, e muita vergonha.

O mais chato de tudo é que os identitários querem acabar com a graça no mundo. Tudo é ofensivo, tudo é desrespeitoso. É o mundo dos mauricinhos e patricinhas fantasiados de alternativos que não suportam ser contrariados.

Se depender deles não haverá mais humor, como de fato o humor está em baixa nessa época de gente chata. Se depender deles não tem literatura, não tem música, não tem arte, não tem jornalismo e não tem ciência. Se depender deles, voltaremos à Idade Média. Mas como dissemos acima, felizmente a humanidade não vai regredir.

Enquanto não nos livramos completamente dos identitários, a gente pode se divertir um pouco rindo deles mesmos e do papel ridículo que fazem no mundo.

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