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Luta pela terra

Moacyr Andrade é um dos maiores grileiros de Porto Seguro

Ao contrário do que diz a imprensa contratada por Moacyr Andrade, os fatos mostram que o cônsul português é um dos maiores grileiros da região

Os despejos violentos realizados no distrito de Trancoso, Porto Seguro/BA, pela Polícia Militar da Bahia a mando da justiça através do juiz da grilagem Fernando Paropat na última semana vêm trazendo a tona a discussão sobre a grilagem de terras nessa região de enorme valor imobiliário, em particular nas propriedades que supostamente pertencem ao cônsul de Portugal em Porto Seguro Moacyr Costa Pereira de Andrade.

Ao contrário do que está dizendo a imprensa local, que claramente está na folha de pagamento de Moacyr Andrande, como o Jornal do Sol, o cônsul é conhecido pela grilagem de terras e pela pistolagem para expulsar famílias de posseiros, indígenas Pataxó e trabalhadores sem terra.

Não se tem a dimensão das terras que grilou e nesse momento estão em suas posses, mas temos alguns exemplos que comprovam que é um dos maiores grileiros de terra da região. É importante lembrar que o termo “grileiro” é utilizado para quem lotear ou registrar terra pública sem autorização do órgão competente e coloca em seu nome, ou seja, roubo de terras públicas.

Temos dois casos que comprovam que as terras de Moacyr Andrade tem origem na grilagem de terras públicas.

Recentemente, 300 famílias Movimento Único da Agricultura Familiar (MUAF) ocuparam a Fazenda Tabatinga, localizada as margens da rodovia BR 267, em Porto Seguro, que Moacyr Andrade diz que são suas terras e que possui documentos. Chegou a pedir a reintegração de posse contra as famílias e que foi prontamente atendido pelo mesmo juiz que atacou as famílias do Movimento de Resistencia Camponesa (MRC) em Trancoso, o juiz da grilagem Fernando Paropat.

Mas antes de ser realizado o despejo da Fazenda Tabatinga, a própria justiça estadual cassou o mandado de reintegração de posse e reconheceu que a área da Fazenda Tabatinga não possui nenhuma documentação legal e as terras pertencem ao Estado.

Outro caso emblemático foi do Grupo Fasano, uma empresa de resorts de luxo que comprou terras nas mãos de Moacyr Andrade na região da praia de Itapororoca, uma das mais badaladas para milionários devido ao isolamento. Durante a aquisição ficou comprovado a grilagem de terras realizadas pelo consul e sua empresa Abelardo Moacyr de Andrade e Agro Pastoril Itaquena da posseira nativa Joaquina Antonia Soares de 74 anos. O conflito iniciado em 2017 foi comprovado a grilagem e invasão das terras de Dona Joaquina realizada pelo cônsul Moacyr Andrade e ouve embargo da obra com multa e indenização a senhora que tinha posse da área grilada e vendida de maneira criminosa por Moacyr.

Ainda há casos que evidenciam a grilagem com a tentativa de “comprar” lideranças indígenas para grilar suas terras. Hoje a diversas ocupações de posseiros que tiveram suas terras tomadas por Moacyr Andrade e que foram ameaçados por pistoleiros contratados pelo Cônsul. É o caso da Aldeia Gravatá, Sítio da Paz, a Fazenda Bela Vista e a Fazenda Manga Tuba. São inúmeros casos que comprovam a grilagem de terras da região desde o Rio dos Frades até os limites da área de Trancoso, perfazendo milhares de hectares.

É uma pequena amostra que comprova que Moacyr é um dos maiores grileiros da região e somente consegue manter esse criminoso esquema porque tem na sua folha de pagamento a imprensa da região, contratação de pistoleiros, de policiais civis e militares, juízes entre outros que tem interesses na especulação imobiliária da região.

Não é por acaso que há uma enorme perseguição contra militares da luta pela terra na região, com policiais e a justiça numa clara caça as bruxas, com violência, prisões e provas forjadas, demonstrando que esses órgãos estão a serviço da grilagem de terras.

Além de denunciar é preciso organizar novas ocupações entre trabalhadores sem terra, indígenas e posseiros que lutam por seus direitos e um pedaço de terra para morar e trabalhar.

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