Nesta quinta-feira (15/09), a Polícia Militar do estado da Bahia realizou mais uma ação criminosa para beneficia latifundiários e grileiros de terra da região. Seguindo as ordens do juiz da 1ª Vara dos Feitos às Relações de Consumo, Cíveis e Comerciais de Porto Seguro, Fernando Machado Paropat Souza. Uma informação importante é que Fernando Paropat é conhecido na cidade por defender a especulação imobiliária e não ter nenhum critério para dar ordens de despejo.
A ação violenta de despejo ocorreu na Fazenda Itaquena, no distrito de Trancoso, Porto Seguro (BA), para favorecer um grande grileiro e pistoleiro da região, o português, Moacir Andrade.
Durante a ação criminosa, policiais militares agrediram e torturaram as famílias que lutam pela terra na região e que estão organizadas pelo Movimento de Resistencia Camponesa (MRC) e prenderam lideranças e pessoas que faziam filmagens da violência, para onde foram levados para delegacia de Trancoso, onde foram agredidos com socos e pontapés.
A liderança do MRC, Flávio Prates Cruz, foi perseguida pela polícia porque havia um mandado de prisão em seu nome com as mais absurdas acusações. As acusações são de que Flavio era líder de uma organização criminosa, de uma facção que estava comprando armas para enfrentar a polícia e para promover esbulho e promover a perturbação da ordem pública.
Flávio é uma liderança na região e tem grande apoio popular e das famílias que ocupam as terras griladas por Moacir Andrade.
É evidente que essas acusações são falsas e servem apenas para perseguir as lideranças que lutam contra a grilagem de terras e justificar a ação criminosa da polícia militar.
Nesse momento, Flávio está preso na delegacia do distrito de Trancoso e sem comunicação. Há uma concentração de pessoas na delegacia contra a prisão ilegal sob acusações falsas e uma mobilização de diversos movimentos de luta pela terra, por moradia e de partidos de esquerda para denunciar mais uma tentativa de prender lideranças populares e favorecer a grilagem de terras na região.
A prisão arbitrária foi realizada pela mesma polícia militar que está sendo contratada por pistoleiros para atacar os índios Pataxó das Terras Indígenas de Barra Velha e de Comexatibá, onde uma criança de 14 anos foi assassinada e que esse caso está sendo acobertado pela polícia civil da Bahia.
É preciso denunciar a prisão ilegal, as acusações fraudulentas e a ação criminosa das forças policiais para beneficiar latifundiários e grileiros de terras como a figura de Moacir Andrade, e do judiciário, como Fernando Paropat, conhecido como juiz da Grilagem em Porto Seguro.
Toda solidadariedade ao companheiro Fávio do MRC!
Pela sua liberdade imediata!
Reforma agrária Já!