Com o aval e apoio institucional dado pelo golpista Jair Bolsonaro os grileiros e latifundiários continuam sua atividade criminosa de expropriação das terras indígenas por todo o Brasil.
Em total desrespeito a constituição de 1988 que garantiu a posse definitiva das terras ocupados pelos índios até a data de sua promulgação, os grileiros e auto-proclamados “donos da terra” continuam no seu objetivo de tomar todas as terras indígenas, estejam elas homologadas ou não pela justiça.
A tal constituição “cidadã”, tão elogiada pela esquerda burguesa, ao mesmo tempo que deu com uma mão, tirou com a outra, jogando para frente a demarcação e regularização das terras ocupadas pelos índios a décadas, séculos, quando na realidade o que bastava era a titulação das terras já reconhecidamente ocupadas por eles.
Aqueles que se sentissem lesados por essa titulação, no caso, os grileiros e latifundiários é que reclamassem na justiça.
Dessa forma a constituição jogou o ônus da comprovação do direito a posse da terra nas costas dos indígenas ou na responsabilidade de órgãos que se sujeitam ao sabor da vontade daquele que ocupa a presidência da república.
O resultado da ação dos latifundiários que agiram com toda a esperteza na pressão em que seus interesses fossem atendidos na constituição se vê agora.
Índios expulsos de sua terra, ou seja, dizimados, pois o índio sem a terra é como um pássaro sem suas asas.
No desenrolar dessa história sinistra chegou a vez dos índios Kanela, legítimos donos da terra que ocupam no Mato Grosso.
A história deles tem um viés dramático pois não são originários do Mato Grosso, mas do Maranhão, vieram fugidos do genocídio indígena ocorrido em suas terras originárias a aproximadamente 80 anos, vindo a se estabelecer na região na região nordeste do Mato Grosso, próximo ao rio Araguaia.
Em novembro de 2021 um grupo de índios da aldeia saiu para pescar em uma lagoa próxima e foram alvo de tiros disparados por pistoleiros. Os índios acusam o latifundiário Lorcir Otto Bubans de ser responsável pelos ataques, o qual alega que as terras lhes pertencem. Os índios ainda denunciam o mesmo latifundiário de se utilizar do cartório da cidade, o qual é dono, para forjar a titularidade das terras, prática difundida por grileiros em todo o país.
As lideranças dos Kanela ainda o acusam de nem saber de quem teria comprado as terras, diz que comprou de uns, que compraram de outros, e assim sucessivamente, mas não consegue nomear as pessoas que lhes vendeu as terras, denunciam.
FUNAI, PF, MPF, PM, PC, etc., orientados que estão para não agir na defesa das terras indígenas fazem um jogo de empurra, enquanto isso muitos índios temendo pela própria vida abandonam a aldeia para viver como mendigos na cidade.
Diante do que acontece pelo pais contra os índios não há outro caminha que não a formação de milícias de auto defesa.
Somente assim os índios poderão garantir a posse de duas terras.
A única coisa que fará os latifundiários e ladrões de terra recuarem é o temor de levaram um balaço no cacuroto.