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Magno Souza

O candidato indígena ignorado pelos “defensores dos índios”

Índio mais importante dessas eleições, Magno Souza é candidato do PCO ao governo do Mato Grosso do Sul

Ao que sabemos, por experiência de vida e leituras, a luta de classes em momentos de extrema crise como a que vivemos faz brotar na sociedade todo tipo de fantasias, das mais bizarras às mais amenas, vamos dizer assim, que se contrapõem à realidade concreta.

Nesses momentos de crise aguda, todos correm aos braços do estado “burguês” à procura de socorro para continuarem a sobreviver. Em primeiro lugar são sempre beneficiadas as empresas capitalistas, depois vem os serviçais da burguesia, a classe média. 

Mas do outro lado, daquele lado dos que pagam as contas do país, que é composto pelos trabalhadores que muito pouco recebem para produzir a riqueza do país, nada recebem e perdem o pouco que conseguiram com muita luta. Assim, a burguesia ganha, a classe média ganha bem menos e os trabalhadores perdem. A isso chamam de justiça social, pasmem.

As bizarrices ficam por conta da classe média em geral, que para receber algum benefício do estado inventam cobras e lagartos para isso. Recentemente ganhou forma e publicidade o “identitarismo”, presente nos movimentos sociais para a “defesa” dos interesses dos índios, negros, mulheres e dos generos, cada um ao seu cercado, conforme a política do indentitarismo, ou seja das particularidades individuais.

Como a vida em sociedade é coletiva, as identidades individualizadas em grupos, entram em choque com a forma social numa guerra entre o indivíduo e a sociedade. Como a sociedade é majoritária tem maior poder sobre os grupos de segmentos.

Não estamos negando nem os direitos individuais dos grupos sociais nem de sua existência, a questão é observar o que fazem de concreto na vida social. A título de exemplo destacamos matérias nos portais golpistas DW e Congresso em foco a respeito de candidaturas de representantes de povos indígenas. 

Trata-se do manifesto dos povos indígenas, o Aldear a Política, feito pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que levou a Apib a lançar 30 candidaturas para as eleições de 2022. Dentre essas candidaturas não mencionaram a do índio Guarani-Caiouá Magno Souza, único candidato ao governo no Brasil e pelo estado de Mato Grosso do Sul.

Por qual motivo seria? Parece que é porque ele não é índio gourmet e sim um índio autêntico que vive em terras constantemente invadidas por pistoleiros do agronegócio, grileiros e até mesmo a PM e forças de segurança nacional agem em defesa do “agro é tudo” só não é humanitária. 

São constantemente agredidos e mortos pelos pistoleiros do agro. Passando fome, sem assistência médica e com as casas constantemente destruídas. A violência atinge a todos, mulheres, crianças e idosos sem distinção.

Sobre esse índio não falam nenhuma palavra, nenhuma manifestação de apoio, afinal está diretamente defendendo não só sua aldeia, está defendendo as demais também, formando comitês de autodefesa para poderem sobreviver enfrentando os matadores de aluguel contratados pelo “agro é tudo”

A Apib sequer se solidarizou com os Guarani-Caiouá mesmo nas recentes investidas por pistoleiros que levaram à morte um parente do Magno Souza. Talvez estivessem ocupados com as eleições, que tem por objetivo eleger índios gourmet que satisfazem os interesses do grande capital agrário, para se elegerem e administrar os negócios dos capitalistas através do estado que existe para manter o poder da burguesia nacional e a imperialista, deixando o Brasil dócil e conivente com as políticas genocidas que estão fazendo os trabalhadores e o povo inclusive os indígenas ficarem na mais brutal penúria.

A candidatura do Magno Souza ao estado do MS segue a política do PCO, que acredita que através de reformas do governo capitalista os trabalhadores não conseguem avançar um milímetro sequer na sua luta. Só a revolução será capaz de acabar de vez com toda injustiça, fome e miséria que o povo passa nesse sistema. E o mundo caminha para isso, o capitalismo dá claros sinais de esgotamento e incapacidade de continuar a existir. Espera apenas seu coveiro jogar terra e uma pá de cal final. Os trabalhadores estão acordando para a realidade e começam a enxergar que esse é o único caminho possível.

Enquanto o candidato do PCO Magno Souza luta de fato no dia a dia  por melhores condições de vida para todos os povos indígenas e os trabalhadores da cidade e do campo, a Apib e seus índios gourmet fazem de tudo para concorrer aos cargos de capatazes do estado capitalista burguês. A diferença de propósito é absolutamente clara como água e vinho.

Enquanto a imprensa burguesa notícia amplamente as 30 candidaturas de índios gourmet para administrar o estado burguês, nada falam da candidatura de Magno Souza do PCO, numa clara demonstração que sua candidatura vai contra a defesa do estado capitalista. Por isso o partido vem sofrendo restrições à campanha eleitoral, onde o estado capitalista através do “xandão” cancelou todas as redes sociais, está processando o partido e seu representante maior, Rui Costa Pimenta com acusações desconhecidas e ainda não liberou as verbas eleitorais apenas para o PCO. A injustiça não tem limites no estado burguês.

Enquanto índios gourmet estão nas manchetes da imprensa capitalista, Magno Souza está protegendo e buscando melhorar as condições de vida de sua tribo, desviando das balas das armas dos pistoleiros para não ser a próxima vítima deles.

Segundo o próprio portal da Apib, a grande maioria está se candidatando pelos partidos Rede e PSol. Esses partidos estão coligados em federação e a Rede e o Psol esteviveram envolvidos no processo de golpe contra Dilma, e também participando ativamente do “não vai ter copa” e “fora Dilma”, além de Guilherme Boulos ser funcionário do IREE que é financiado pela Open Society, NED, etc, ligados à própria Cia. 

Os povos indígenas estão em sua maioria na Amazônia, cuja cobiça pelo imperialismo já fez se notar nas declarações de políticos dos EUA a respeito de nossas eleições, intrometendo-se em assuntos internos do país sem autorização. Recentemente circulou na internet um mapa onde a Amazônia não seria mais um território brasileiro e como querem tornar essa região “internacional” fica clara a intenção de que o imperialismo quer se apropriar dela, de suas riquezas como ouro, nióbio, petróleo e etc. e os povos indígenas estarão em situação ainda pior, se é que é possível. Precisamos lutar contra a interferência estrangeira na Amazônia. Ela é território brasileiro e não abrimos mão disso em hipótese alguma.

Se queremos manter a unidade territorial brasileira, avançar a luta de classes contra o imperialismo decadente e em frangalhos, precisamos fortalecer as candidaturas do PCO, a do índio autêntico, Magno Souza Guarani-Caiouá puro sangue ao governo de MS, contra o imperialismo que age pelo identitarismo através do financiamento de ONGs que agem contra o Brasil.

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