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Política da direita

Mais um bebê indígena morre por desnutrição no Mato Grosso

Fome, descaso, ofensas e morte não é exclusividade de gestores e nem para minorias - atinge crianças do mundo inteiro

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Em sua conta no Instragram a Mídia India-Oficial denunciou neste 12/12 a morte de uma criança por desnutrição e desidratação. A notícia já havia repercutido em vários canais de imprensa, que relatam o ocorrido no dia 29/11 na aldeia Santa Isabel a cerca de 6 km do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), em São Félix do Araguaia, e a 1.030 km de Cuiabá. Um bebê indígena sofria há 15 dias com diarreia, já estava sem forças e morreu de desnutrição segundo a conselheira local do Conselho Regional de Saúde Indígena (Considi), Luciene Karajá. A denúncia ressalta o fato do DSEI Araguaia não ser atuante, de ter uma equipe composta de Agentes de Saúde, Técnicos de Enfermagem, Enfermeiros, de receberem bons salários e da “Saúde Indígena”, mas sempre perder vidas de crianças, não sendo isso um caso isolado.

As denúncias envolvem também ofensas vindas do próprio coordenador do DSEI Araguaia, o suboficial reformado da Marinha Ronalde de Barros Ramos. Segundo a conselheira local do Conselho Regional de Saúde Indígena (Considi), Luciene Karajá, de 50 anos, as ofensas aos povos indígenas começaram gradativamente desde a chegada do militar à coordenação do DSEI do Araguaia em 2020.

A fome, a má gestão dos órgãos responsáveis, as ofensas e o descaso com a população indígena, no entanto, são questões consequentes do grande desafio dos povos indígenas: o interesse econômico de latifundiários, mineradoras, garimpeiros e grileiros pela terra indígena  e a falta de interesse do governo em demarcá-las. Como consequência, estão sujeitas à tomada da terras, à extração de suas riquezas de maneira ilegal e à contaminação do solo e da água por completa ausência da proteção real do que seriam seus direitos. A demarcação das terras indígenas, esta sim a principal reivindicação a ser defendida na luta pelos interesses indígenas. Junto à demarcação das terras se faz necessário o direito dos povos indígenas se armarem e se organizarem à altura de seus invasores em defesa do seu patrimônio e de sua subsistência. Sem o direito ao armamento, passam automaticamente a ser criminalizados.

Diferente do que se procura apresentar como os guardiões das florestas, como povos originários, ou povos minoritários que precisam receber especial atenção, é preciso garantir também aos povos indígenas todos os direitos e condições de vida como o de qualquer outro cidadão brasileiro, como o direito à assistência médica garantida pelo governo. Garantir que os povos indígenas desenvolvam o exercício de sua cultura, mas que também tenham acesso por exemplo ao desenvolvimento tecnológico se assim o quiserem. Garantir que tenham uma participação real em questões ambientais e questões climáticas, e não apenas de maneira romantizada, como fachada para que governos e grandes empresas internacionais possam adentrar em território nacional como parceiros e protetores da natureza e de seus interesses.

A verdadeira luta dos indígenas se dá no mesmo campo que o dos trabalhadores: em Brasília. Uma luta política contra o governo Bolsonaro, contra interesses puramente econômicos que garantam os privilégios dos golpistas. A luta deve se dar com toda a classe operária em torno da campanha pela candidatura e eleição de Lula, pela escolha de um vice de luta contra o golpe, pela garantia de um governo dos trabalhadores.

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