Em Dourados, município do Mato Grosso do Sul os indígenas estão sofrendo com a ofensiva do latifúndio contra as áreas retomadas. Os índios Guarani-Kaiowá das retomadas Avaeté, Aratycuty, Nhu Verá 1, Nhu Verá 2, Nhu Verá Guassu – todas próximas a aldeia Bororó, na periferia da cidade -, estão denunciando a presença de pistoleiros contratados por uma associação de produtores, que ficam à postos na localidade para intimidar os índios e impedir novas retomadas pelos indígenas.
A defesa dos latifúndios é tamanha que os contêineres dos pistoleiros possuem acesso a água concedida pela Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (SANESUL), empresa responsável por manter duas enormes caixas d’água dentro da área retomada pelos indígenas denominada Aratikuti. Essas estruturas de fornecimento de água, instaladas dentro da Terra Indígena, serve a cidade, mas não os indígenas, que têm denunciado ainda o uso do fornecimento de água pelos pistoleiros que moram nos contêineres.
Essa mesma retomada recentemente foi atacada por pistoleiros em plena luz do dia e nem se intimidaram com as filmagens porque sabem do apoio que possuem do estado e das forças policiais.
Toda essa ofensiva vem do apoio que a direita e o governo Bolsonaro vêm dando aos latifundiários com medidas de favorecimento da grilagem de terras e das invasões das terras indígenas, inclusive com apoio da Funai emitindo certificados para propriedades dentro de terras indígenas.
É preciso denunciar amplamente essa situação dos povos indígenas e apoiar a sua luta e reivindicações nas ruas.
Pela imediata demarcação das terras indígenas!
Pela formação de comitês de autodefesa contra os ataques do latifúndio!
Não ao Marco Temporal e ao PL 490!
Reforma agrária já!