O governo do estado de Rondônia, sob administração do policial militar Coronel Marcos José Rocha dos Santos (PSL), realizou um despejo ilegal de famílias de camponeses. Na sequência, às famílias do acampamento Tiago dos Santos foi oferecido, de maneira proposital, água contaminada. Muitos passaram mal, incluindo crianças e idosos.
Segundo informes, os camponeses sofreram com diarreia, vômitos, dores no estômago e muitos foram levados às unidades básicas de saúde em estado crítico.
O governador José Rocha tinha consciência de que a água estava contaminada e era imprópria para o consumo humano. Tratou-se de uma tentativa de punir os camponeses que resistiram ao despejo ilegal, submetê-los fisicamente, prejudicar-lhes a saúde e, finalmente, mostrar-lhes que não deveriam ter resistido. Podemos equiparar o acontecimento com as “expedições punitivas” dos fascistas italianos.
O caso demonstra do que são capazes os representantes políticos do latifúndio no Brasil. Em seu ponto de vista, contaminar camponeses propositalmente é pouco, pois o objetivo seria exterminá-los. Muitos são assassinados por pistoleiros a mando dos fazendeiros.
É um acontecimento da maior gravidade. É preciso mobilizar as organizações de luta pela terra, as organizações e partidos de esquerda, a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e o MST em defesa dos camponeses despejados do acampamento Tiago dos Santos.
A denúncia deve receber ampla divulgação. O governador fascista tentou deliberadamente contaminar e assassinar famílias camponesas inteiras.