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Assassinos

É preciso expulsar a Força Nacional de Rondônia

Os latifundiários vêm se utilizando da Força Nacional para, cada vez mais, cometer atrocidades com os camponeses da LCP em Rondônia.

A Liga dos Camponeses Pobres é uma das organizações nacionais que luta pela reforma agrária. Tendo uma participação muito forte em Rondônia, a LCP vem sofrendo vários ataques diretos do aparato de repressão estatal serviçal do latifúndio. 

Foram realizadas várias tentativas de expulsar os camponeses do Acampamento Manoel Ribeiro, que fica na antiga Fazenda Santa Elina, no município rondonense de Chupinguaia. Não é de se surpreender que o latifundiário canalha se utilizou da clássica grilagem de terras para receber apoio oficial do Estado. Matando camponeses e saindo impune.

O latifúndio em questão é o mesmo onde ocorreu o massacre de Corumbiara, em 1995. Os dados oficiais contabilizam 16 mortos e 7 desaparecidos. Porém, os camponeses afirmam que as vítimas podem ser mais de 100, pois as vítimas teriam sido desovadas pela PM. 

A Operação Rondônia, iniciada no dia 15/06/21, tem como objetivo realizar uma verdadeira guerra contra os camponeses que apenas procuram uma terra para produzir.

“O Governo Federal e o estado de Rondônia não deixarão esses criminosos atuarem de maneira impune. Lei e ordem serão estabelecidas no estado e deixaremos um recado claro para esses criminosos, a paz no campo será mantida e crimes serão punidos”, secretário de Operações Integradas, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Alfredo Carrijo.

Através da Força Nacional e dos pistoleiros, os latifundiários, em conluio com o estado, vêm fazendo terrorismo com os camponeses. 

A Liga dos Camponeses Pobres vem denunciando fortemente toda a arapuca que os donos de terra, o Governo Estadual e o Governo Federal vêm realizando. Nas áreas Tiago dos Santos e Ademar Ferreira, foram flagradas viaturas da Força Nacional, Polícia Militar e de jagunços da região.

Após perceberem que estavam sendo fotografados, os delinquentes abriram fogo contra os camponeses, felizmente não houve feridos.

Vários pistoleiros são apresentados pela imprensa burguesa como “seguranças privados”, para ocultar o verdadeiro trabalho que realizam ─ que consiste em assassinar trabalhadores de modo covarde. Muitos desses jagunços inclusive são policiais fazendo serviço paramilitar.

Um desses grupos de jagunços, inclusive, tentou identificar camponeses colocando câmeras na beira da estrada. Porém, como são pistoleiros, e não espiões, os asnos acabaram por se fotografar.

Jadson Ferreira Abdias trabalha sob cobertura da empresa de policiamento privado “Impactual Vigilância e Segurança”, sediada em Porto Velho. Armado com fuzil e mira telescópica para assassinar camponeses. 

Fotos: Resistência Camponesa

Pode-se perceber que esses se portam como verdadeiros soldados em guerra. Com equipamentos de alto nível, fuzis de assalto, coletes, miras telescópicas e etc. Mostrando o alto financiamento que o governo e o latifúndio vêm dando para sua milícia fascista e assassina.

A LCP também denuncia que o aparato de repressão do estado vem se utilizando dos serviços de inteligência nacional, como a ABIN, Forças Armadas e outros aparatos clandestinos para reprimir os camponeses.

Recentemente, no dia 13 de agosto, a Força de Segurança Nacional e a Polícia Militar realizaram uma chacina e mataram 3 camponeses na área Ademar Ferreira, área rural de Porto Velho. Os assassinos estatais afirmaram que foram recebidos a tiros pelos camponeses e que somente revidaram ─ pobres militares indefesos!

Os camponeses são Kevin, 21 anos, assassinado pelas costas em uma moto; Amarildo, 49 anos, fuzilado com seu filho Amaral, de 17, enquanto trabalhava em seu lote onde estava somente com suas ferramentas.

Amarildo Aparecido Rodrigues

Amaral José Stoco Rodrigues

Kevin Fernando Holanda de Souza

“Os corpos já sem vida de Amarildo, Amaral e Kevin foram rapidamente removidos do local. A polícia como de praxe conta a mentira de que levaram os corpos para socorrer porque ainda estavam vivos. Nada mais do que repetição da rotina macabra de se eximir de acusações e reforçar a versão mentirosa. Cínicos! Jogaram os corpos da carroceria da viatura como se fossem animais, tiraram os corpos já sem vida do local para dificultar qualquer tipo de perícia e ocultar vestígios dos crimes que cometeram, assim como não apresentaram suas armas para serem periciadas, como está bem registrado do nos autos do flagrante do delegado de polícia civil Marcos Correa.”, afirma a LCP

Além dos assassinatos, a polícia e a força nacional realizaram várias prisões de famílias inteiras ─ inclusive de crianças. Um desses casos foi um casal que, antes de ser preso, teve o carro alvejado pela Polícia, os próprios policiais afirmam que os carros obedeceram às orientações de parar. 

A imprensa burguesa, capacho dos latifundiários e financiada pelos mesmos, replicou a versão dos policiais. 

Dois dias após a chacina, foi publicada no diário oficial da PM uma matéria com o título “Operação da PMRO na área da Fazenda Santa Carmem prende invasores e apreende farta munição e armas”, assinada por Lenilson Rodrigues; posteriormente apagada da página da PM. O motivo? A matéria deixa claro que a Força Nacional participou ativamente da chacina, depois foi negada a participação da FN e a matéria foi removida. 

Nela, pode-se perceber o quão manipuladora e mentirosa é a imprensa burguesa. 

O primeiro motociclista ao se deparar com os policiais que gritavam para que parasse o veículo, sacou uma arma de fogo e passou a efetuar disparos enquanto pilotava a motocicleta. Os policiais revidaram efetuando disparos de arma de fogo naquele momento. O piloto da motocicleta continuou o seu percurso na tentativa de fugir dos policiais, contudo caiu mais a frente alvejado”, afirma a matéria.

Só nos resta saber como alguém consegue dirigir uma moto (que exige o uso das duas mãos e dos pés) e entrar em uma troca de tiros com os policiais? Realmente a imprensa burguesa trata a população como asnos que não sabem interpretar um texto.

É necessário denunciar todas as atitudes covardes dos latifundiários, da Polícia Militar e da Força Nacional contra os camponeses! Colocar em pauta a questão dos comitês de autodefesa no campo e do armamento dos camponeses já.

Também é preciso o fim da Polícia Militar, acabar com o aparato de repressão estatal para dar fim aos assassinatos no campo e na cidade.

Expulsar imediatamente a Força Nacional é uma pauta de vida ou morte para os camponeses de Rondônia.

Revolução agrária, confisco total do latifúndio produtivo e improdutivo! Terra para quem nela trabalha!

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