O desmatamento da Amazônia sempre foi um assunto bastante debatido e acompanhado por diversas entidades que sinalizam que a extensão de um desmatamento pode alterar os regimes de chuvas e vento em todo o planeta.
Segundo estudos, estima-se que mais de 10% da floresta em todos os países da região amazônica já foi desmatada. No Brasil, os estudos mostram que mais de 18% já foram destruídos de mata nativa.
O desmatamento também impacta as populações de plantas, animais e microorganismos, também tem afetando a úmida da floresta com o acesso ao “coração” da floresta. O impacto também é social, pois afeta no extrativismo vegetal, fonte de renda para muitos povos.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), reúne alertas e monitora o desmatamento na região da Amazônia desde 2015. Esse estudo mostra que de janeiro a julho de 2021, a Amazônia Legal sofreu desmatamento de 5.026,52 km². Em 2020, o registrado foi de 4.739,92 km²no acumulado do ano. Houve um crescimento de 6% em um ano.
No Brasil o principal motivo do desmatamento é para dar lugar as pastagens de gado, os lugares mais afetados são em áreas adjacentes a centros urbanos, estradas e rios.
Outra região que já sofre o efeito do desmatamento é as regiões ricas em mogno e ouro. Muito cobiçada por multinacionais para a extração de produtos tão rentáveis.
De acordo com o Código Florestal do Brasil, existe uma porcentagem que pode ser desmatada pelo proprietário, é o percentual de 20% em sua propriedade, mediante autorização dos órgãos ambientais, porém na realidade o desmatamento é gigantesco.
A legislação aprovada no governo Bolsonaro cada vez mais incentiva os latifundiários invadir as terras indígenas e realizar a grilagem. Atrás de ouro, preda preciosas e madeiras nobres.
Diante da situação é preciso debater as questões da floresta sobre a ótica da luta de classes, pois o que está em jogo no desmatamento e a especulação dos recursos naturais. Somente o debate político sobre o assunto vai colocar o debate no campo correto.
O que está em jogo são as comunidades remanescentes dos quilombos e das comunidades indígenas e ribeirinhas. O latifúndio desmata e rouba seus recursos.