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Comitê de Luta Guarani-Kaiowá cobre a situação em Dourados

Após assassinato de Vítor Fernandes por parte da Polícia Militar, moradores da retomada Guapoy realizam velório e denunciam traição de cacique

Representantes do Comitê de Luta Guarani-Kaiowá, de Dourados, estiveram presentes no velório e sepultamento do indígena Vítor Fernandes, 42, assassinado pela PM, na última sexta-feira (24) na retomada Guapoy, localizada na aldeia Amambai.

A cidade homônima fica a 132 km de Dourados e a 355 km de Campo Grande. Em torno de 300 pessoas participaram do funeral e da manifestação dos índios contra a violência policial e, também, contra o seu próprio cacique, João Guauto, que é considerado traidor pela comunidade da aldeia Amambai e da retomada Guapoy.

Segundo moradores da aldeia, o cacique Guauto, que já trabalhou para os donos da fazenda onde a retomada está acontecendo, passou informações dos índios da retomada aos PMs e seguranças privados, também conhecidos como jagunços, facilitando o trabalho das forças policiais em sua perseguição aos moradores.

De acordo com documentos publicados pelo MIDIAMAX, Guauto enviou 2 cartas às autoridades policiais, MPF e FUNAI pedindo algum tipo de intervenção na aldeia e nas retomadas, afirmando que brigas entre indígenas, violência e armas são perigos cotidianos para os habitantes. Para a comunidade, as cartas seriam provas da traição do cacique, o que tira a legitimidade de sua liderança. Caso ele não renuncie, lideranças afirmam que tomarão providências para exonerá-lo, pois não terá nenhuma credibilidade. Anciãos da aldeia afirmam que “não aceitam traição”.

Em suas cartas, o cacique pede providências do poder público e das forças de repressão que atuem dentro da aldeia e da retomada para resolver conflitos internos, entre os moradores. Guauto também acusa moradores da retomada de receberem agressivamente aqueles que querem ajudá-los, e de usarem armas brancas para bloquear estradas. Tais acusações são falsas, segundo os próprios moradores.

Em entrevista, um ancião da aldeia declarou: “Tudo isso é uma inverdade. Em nenhum momento nós fizemos qualquer intimidação ou ataque à sede da fazenda. Nós sempre agimos de forma pacífica. Quem inventou essa guerra foi nosso próprio cacique”. De acordo com os indígenas, a comunidade se reunirá para resolver o caso do cacique assim que a comoção pela morte de Vitor se acalmar.

O cacique João Guauto não foi visto ou encontrado depois do ocorrido na sexta-feira. Conforme foi denunciado por este Diário, são vários os feridos a bala na ocasião, vários deles em estado grave que permanecem internados, como um adolescente que teve seu abdome atingido por uma bala, causando enorme ferimento. Seguranças e policiais ficam nas imediações dos estabelecimentos de saúde, esperando a alta dos indígenas, reforçando a intimidação aos sobreviventes da chacina. Não houve repercussão na imprensa regional sobre o assassinato e os feridos nos últimos 3 dias.

Em Dourados, a situação de intimidação também é vísivel nas retomadas, como na Araticuty. Seguranças privados rondam a região em caminhonetes, ficam no alto de uma caixa d’agua observando a comunidade e tentam impedir a movimentação nos acessos às rodovias que cercam a retomada. Sempre armados, os jagunços xingam e fazem provocações aos indígenas. A falta de armas para sua própria defesa impede a reação à altura por parte dos indígenas. 

Mesmo assim, apesar da brutalidade da PM e das forças de repressão ligadas ao latifúndio, a retomada Araticuty continua na luta pela terra. Mais 4 famílias se somaram aos moradores da retomada, que já conta com 21 famílias. Também em Dourados, a retomada Nhuverá 2 também resiste fortemente e está conseguindo doações de materiais para a implementação de uma oficina/ateliê de costura e crochê, que será instalado na retomada em breve.

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