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Fim da polícia

A polícia é inimiga dos índios e da luta pela terra

As forças policiais são os pistoleiros legalizados pelo Estado para reprimir os índios e a luta pela terra e a reforma agrária

No início de maio, viaturas da polícia militar, juntamente com pistoleiros contratados pelo latifúndio, invadiram a Retomada Aratikuty no município de Dourados, Mato Grosso do Sul, ameaçando e atirando contra as famílias indígenas que se encontravam no local.

Foram quatro viaturas, dezesseis policiais militares e dois pistoleiros que, com apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), invadiram a aldeia atirando contra os indígenas, atingindo dois companheiros com balas de borracha e causando terror e destruição dentro da retomada.

A Retomada Aratikuty é uma área de reinvindicação dos indígenas Guarani-Kaiowá para a demarcação de suas terras. Ela vem sofrendo constantes ameaças, intimidações e violência por parte dos latifundiários. Ao mesmo tempo, tornou-se cada vez mais constante a ação dos policiais contra a retomada.

São inúmeras as denuncias de atuação conjunta com os pistoleiros e o latifúndio para reprimir e aterrorizar os indígenas que lutam por suas terras. Há denuncias com vídeos de ação da PM para que o latifundiário aplicasse agrotóxicos a poucos metros da aldeia onde vivem os indígenas, muito próximo aos locais de abastecimento de água da retomada, algo que foi sentido na pele dos indígenas que estavam no local.

Outros casos recentes são igualmente criminosos, como no dia 2 de maio, no qual os policiais chegaram, sem nenhuma autorização judicial de despejo ou de entrada na retomada, atirando contra os indígenas e destruindo seus pertences. Simplesmente porque os policiais foram “contratados” pelos latifundiários e seus representantes no governo municipal, estadual e federal, que os enviaram de maneira criminosa.

Podemos relatar inúmeras ações da polícia que demonstram que não somente a polícia militar, mas também a polícia civil e, em particular, a polícia federal, atuam diretamente contra os indígenas em favor dos latifundiários. Somente um exemplo já demonstraria essa afirmação: a presidência da Fundação Nacional do Índio está nas mãos do delegado da Polícia Federal Marcelo Augusto Xavier. Ele colocou essa instituição contra os indígenas e em favor dos latifundiários, da grilagem de terras e da pistolagem. Além de sempre ter atuado contra os indígenas em sua carreira de policial. As superintendências da Funai estão tomadas de policiais e militares que são contra os indígenas porque são pagos e treinados para atacarem a luta pela terra e os direitos indígenas.

Em uma reportagem do jornal golpista Estado de S. Paulo, em 2017, o bolsonarista Marcelo Xavier pediu à Polícia Federal que tomasse “providências persecutórias” contra indígenas Guarani-Kaiowá e ONGs no Mato Grosso do Sul em meio aos conflitos para beneficiar os latifundiários.

Sem contar em inúmeros outros casos, como o Massacre do Caarapó, a prisão do Cacique Leonardo depois de uma ação criminosa da Polícia Civil à paisana dentro de uma área de conflito, o envolvimento de policiais federais com latifundiários onde havia vazamento de informações de operações e muitos outros casos.

As reinvindicações das ONGs imperialistas para os indígenas, como a Regulação do Clima, Floresta “em pé” e contra o desenvolvimento das Terras Indígenas e do País, estão muito distantes das verdadeiras reivindicações que resolvem os problemas dos índios brasileiros. Além da principal delas que é a demarcação imediata de suas terras através da reforma agrária que resolveria o problema no campo.

Ademais, fica claro que o fim da polícia deve ser uma das principais reivindicações dos índios. No final das contas, a polícia sempre foi, historicamente, um instrumento do latifúndio para reprimir a luta pela terra. Quando não atuam de maneira formal, são contratados para realizarem “bicos” como pistoleiros do latifúndio para realizarem despejos ilegais, ameaças, intimidações e assassinatos. Algo amplamente documentado.

A esquerda e as organizações indígenas devem denunciar as forças policiais não como “amigas” e muito menos os policiais como trabalhadores. Devem ser tratados como pistoleiros e capitães do mato e combatidos para a completa dissolução dessas organizações de caráter fascista e de atuação contrária à luta pela terra.

E em sua substituição, é preciso lutar pela formação de comitês de autodefesa indígena e de milícias populares controladas pela própria comunidade em cada local, aldeia e terra indígena. O controle das forças de repressão não devem ficar nas mãos do Estado e nem do latifúndio, e sim nas mãos dos indígenas que são os maiores interessados na sua própria segurança e que podem retirar e colocar pessoas responsáveis de acordo com seus interesses.

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