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Necessidades reais

A diferença do índio de verdade para o índio gourmet

Um contraste entre Sônia Guajajara e Magno Souza

A dicotomia entre índio de verdade e índio gourmet é apropriada para o momento político que vivemos hoje em dia. De um lado temos o índio concreto, com suas formas peculiares culturais e de viver,  de se organizar socialmente para produzir sua subsistência, e de outro o índio que a sociedade capitalista caracteriza para aceitarmos como verdade absoluta, o índio gourmet, muito distante da realidade do índio concreto e mais próxima de um tipo diferente de ser humano que precisa ser “domesticado” aos padrões burgueses. 

O índio concreto precisa de vastas terras para sobreviver e se perpetuar como grupo social e cultural, enquanto o homem branco adquiriu formas divergentes de se organizar e produzir a subsistência. E essas formas diferentes de produzir e se organizar se chocam com a realidade da burguesia, que precisa aplicar tecnologia na produção para produzir em grande escala, mesmo que seja num país de desenvolvimento capitalista atrasado como o nosso.

Como o sistema capitalista se baseia na propriedade privada da terra e demais meios de produção, este quer avançar nas terras indígenas para impor o sistema, não se importando que para isso tenha que eliminar esses povos nativos e originários desta parte do planeta, como fizeram com os da América do Norte, Austrália, África, etc.

Em momentos de crise intensa e de características terminais para o sistema atual de produção, precisam de todos os artifícios para a apropriação de riquezas dos países em desenvolvimento. 

Nessa luta pela sobrevivência do sistema capitalista, o imperialismo além de invadir os países de desenvolvimento atrasado como o Brasil, Colômbia, Bolívia, Equador, Chile, etc, quer por deposição de governos não alinhados com o imperialismo, quer pela força das armas em revoluções coloridas ou o que o valha, tem por objetivo subjugar esses países para aumentar a acumulação de riquezas a favor dos países desenvolvidos imperialistas, seja da América do Norte ou da Europa.

A Amazônia é considerada pelo imperialismo como um dos celeiros do mundo, que guarda reservas de terras, minérios, água e etc. para exploração em modo capitalista, que como sabemos não tem objetivo de preservar nada. As florestas da América do Norte e da Europa, por exemplo, foram dizimadas sem dó nem piedade. Os povos primitivos desses lugares foram igualmente dizimados, mas dizem que farão diferente agora na Amazônia, acredite quem quiser, a experiência prova o contrário.

Para se apropriar dessas reservas de riquezas precisam vender a ideia de uma proposta de “bom negócio” para os proprietários dela, os governos dos países sul americanos. E como existe aí enorme quantidade de povos indígenas, precisam se livrar deles seja como for.

Aqui entra o conceito de índio gourmet, um índio imaginário distante da realidade, mas que mascara a realidade do índio concreto. É um índio com necessidades diferentes do índio concreto. Enquanto o índio concreto está sem terras demarcadas para chamar de suas, sem assistência médica, sem água, sem saneamento básico, sem eletricidade e internet, sem acesso a sementes agrícolas para o cultivo, sem tratores para arar e colher a produção, uma vida de fome e miséria inimaginável  e ainda são mortos diariamente por pistoleiros do agronegócio, onde a Simone Tebet é uma das principais representantes, e as próprias polícias do estado burguês atua juntamente com os pistoleiros para expulsar os indígenas e trabalhadores sem terras.

A candidata Sônia Guajajara (PSOL), se diz representante desses povos indígenas, mas faz propostas para eles que não condizem com as verdadeiras necessidades deles. Diz defender ampliação da bancada indígena no parlamento, pelas mulheres indígenas, contra o desmatamento na Amazônia, participando de atos culturais e encontros políticos. Pela derrubada de estátuas dos descobridores do País, dos colonizadores portugueses, dos bandeirantes, ou então a decretação do guarani como língua oficial. Tudo isso não passa de deturpação e encobrimento das suas verdadeiras reivindicações.

Ao mesmo tempo, parte dessa esquerda vai aos Estados Unidos, maior responsável pela situação de pobreza, miséria e submissão do Brasil, encontrar-se com o governo norte-americano para que ele intervenha nas eleições brasileiras. Assinam a carta da Febraban, Fiesp e Ciesp pela defesa das urnas e do STF. Tudo isso em nome de uma suposta luta contra o fascismo e pela democracia “burguesa” é claro. E uma das representantes da esquerda brasileira nessa verdadeira traição aos interesses nacionais era Sônia Guajajara

Os indígenas concretos passam fome, frio, sede, estão sem atendimento médico e sem moradia adequada, moradia de improviso em ocupações, e são vítimas frequentes dos pistoleiros do agronegócio e da polícia. Só nas duas últimas semanas foram 8 homicídios dos povos Guarani-Kaiowá, por exemplo, no MS, fora os demais que ocorrem diariamente mas não noticiado pelas imprensas golpistas oficiais. Tomamos conhecimento graças às postagens nas redes sociais desses companheiros.

Só temos notícia unicamente do PCO, que tem um programa que defende de fato que os indígenas tenham acesso à terra, às tecnologias para produzirem eficazmente, à saúde, educação, moradia, saneamento básico, acesso à água, eletricidade e internet, bem como um canal que permita a eles interagir com a vida social e cultural do resto do país, preservando suas raízes. Os demais partidos ficam apenas nos discursos e falas discrepantes com a realidade dos povos indígenas.

O Partido da Causa Operária ratificou, no seu XI Congresso Nacional, a candidatura do companheiro Magno Souza ao governo do estado de Mato Grosso do Sul.

Magno é representante dos indígenas Guarani-Kaiowá de Dourados, onde, em conjunto com outros militantes do PCO, construiu um comitê de luta para levar adiante as reivindicações daquele povo que vem sendo duramente reprimido pela Polícia Militar e pelos jagunços do latifúndio. Ele diz claramente estar de peito aberto para ajudar todos os povos indígenas de MS.

É assim que se defende claramente os interesses de classe, com propostas concretas de luta tanto no campo das instituições burguesas como no seio das comunidades indígenas, de trabalhadores sem terra, e de toda classe trabalhadora, contra o capital e seus lacaios, onde até mesmo a esquerda foi cooptada pelo capitalismo imperialista, se colocando do lado errado da luta.

"Simone Tebet é uma verdadeira inimiga nossa": Magno Souza, candidato do PCO ao governo do MS

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