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Aumenta a exploração

Trabalhadores informais tem condições de trabalho do séc. XIX

Trabalhadores livres para morrer de fome, exploração aumenta, salários diminuem

Utilizando-se de modernas tecnologias de comunicação e computação, o capitalismo tem conseguido destruir o mercado de trabalho tradicional em todo o mundo, impondo um mercado de trabalho desregulamentado e sem garantia de direitos. É a utilização de tecnologias do século XXI para um mercado de trabalho do século XIX, o que a burguesia chama de empreendedorismo. Mas, atrás da farsa da propaganda da prosperidade e da liberdade econômica, o que os trabalhadores estão percebendo é que perderam direitos, são super explorados e seus rendimentos são insuficientes até mesmo para comprar alimentos. Os jovens que estão saindo do ensino médio, técnico ou superior têm mais dificuldade para entrar no mercado de trabalho hoje em dia. (O Globo, 7/3/21)

Um dos objetivos centrais do golpe de 2016 foi (e continua sendo) atacar os trabalhadores em seus direitos e rendimentos. Os capitalistas têm por alvo reduzir ao máximo a capacidade de organização dos oprimidos. Isso ficou claro nas reformas trabalhista (2017) e previdenciária (2019). A primeira atingiu em cheio tanto as receitas quanto as atividades dos sindicatos (só nos primeiros meses da reforma trabalhista, em 2018, os sindicatos viram a arrecadação despencar de R$ 3,6 bilhões, em 2017, para R$ 500 milhões – UOL,18/12/19).

Assim como direitos dos trabalhadores conquistados durante muitas décadas de luta, desde férias, duração de jornada, garantias contra demissões imotivadas e acordos trabalhistas coletivos. Com a última reforma da previdência os trabalhadores terão que trabalhar mais anos e cumprir a idade mínima de 65 anos, para os homens, e 62 anos, para as mulheres, para terem o direito de uma aposentadoria insuficiente para viver, calculada sobre a média de 100% dos salários de contribuição e não mais a média de 80% dos maiores salários.

Com o aparecimento da pandemia do coronavírus logo após a aprovação pelo Congresso Nacional desses ataques aos trabalhadores, o estrondoso aumento do desemprego e a destruição de postos de trabalho colocaram os trabalhadores em uma situação de extrema fragilidade. No Brasil ainda mais, porque os sindicatos acabaram optando pela política do “fica em casa”, que os tem imobilizado e desmobilizado.

A taxa de desemprego oficial alcançou, em fins de 2020, o maior percentual em oito anos, chegando a 14,4%, com um total de desempregados superior a 14 milhões de trabalhadores. Porém, a maioria da população brasileira em condições de trabalho está desempregada ou subempregada. A taxa de ocupação no final de 2020 estava em 48,6%. Desses, 9,7 milhões são empregados sem carteira de trabalho assinada. (Agência Brasil, 28/1/21)

Os golpistas conseguiram também aprovar uma legislação que altera a política de atualização do salário mínimo acima da inflação, como forma de ir corrigindo, no longo prazo o seu valor. Com isso, em 2020 o piso salarial, assim como as aposentadorias e pensões foi atualizado em 3,31%, abaixo da inflação do ano anterior, o que não ocorria em 20 anos (IG, 18/12/19). Mais ainda, durante o ano de 2020 o rendimento dos trabalhadores caiu, em média, 18%, sendo muito maior entre os trabalhadores com instrução até o ensino médio incompleto (CUT, 28/9/20).

Isso se deu em um período de forte alta nos preços de produtos alimentícios, colocando os trabalhadores em situação de maior vulnerabilidade. Para se ter uma ideia da miséria e da fome, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) calcula que para uma família de quatro pessoas tenha condições mínimas de se sustentar, o salário mínimo deveria ser de R$ 5.375,05 agora no início de março de 2021. O PCO estima que o salário mínimo vital deveria ser de R$ 5.500. Ou seja, pelo menos 4,89 vezes maior do salário mínimo em vigor no mês passado, de R$ 1.100 (UOL, 5/3/21). Em meio a essa situação crítica, o governo está adiando ao máximo o retorno do auxílio emergencial e faz de tudo para que, quando ele voltar, seja de R$ 250,00, valor correspondente a menos da metade de uma cesta básica.

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