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Crise econômica e social

Recorde no valor do aluguel e a política deliberada de despejos

Com o aumento dos valores dos aluguéis, mas famílias terão que se virar para viver sem um teto, mas trabalhadores serão empurrados para a informalidade e a mendicância.

Em mais uma etapa do peso que a crise econômica impõe à população, O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 4,1% em maio, acumulando 37,04% de alta nos últimos 12 meses, segundo levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Também chamado de “inflação do aluguel”, esse indicador econômico apura informações sobre a variação de preços entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês de coleta. O IGP-M é amplamente usado no cálculo de reajuste de tarifas de luz e telefone, contratos de aluguel de imóveis e até em contratos de prestação de serviços, como planos de saúde e educação privada.

Essa alta mensal é a maior desde novembro de 2002, quando vivíamos o final do nefasto governo FHC. Já a taxa acumulada nos últimos 12 meses foi a maior desde junho de 1995, ainda no começo da destruição econômica promovida pelos governos federais do PSDB. Esse índice ganhou o apelido de “inflação do aluguel” porque está previsto como referência na maioria dos contratos deste tipo.

Aluguéis mais caros, mais trabalhadores sem teto

Essa nova alta no valor dos aluguéis vai jogar cada vez mais pessoas para situações de vida precárias. Vale destacar que a pandemia está no seu pior momento no País e governos que se apresentaram como “científicos” não hesitaram em jogar os cães de guarda da burguesia para cima da população pobre. Sob o comando dos governadores, a Polícia Militar comandou o despejo de milhares de famílias, enquanto repetiam cinicamente o mantra do “fique em casa” na televisão.

A população sem teto cresce a olhos vistos nos grandes centros urbanos, assim como o número de trabalhadores ambulantes e pessoas pedindo esmolas. Enquanto a esquerda ficou relutando em sair às ruas, a direita não parou de jogar o povo na miséria. Segundo dados do Tribunal de Justiça de São Paulo, nos primeiros três meses de 2021 aumentaram em 79% o número de pedidos de despejo, uma tendência que tende a crescer ainda mais.

E o salário, cada vez mais mínimo

Na última quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou um reajuste inferior à inflação para o salário mínimo, estacionando nos atuais R$1.100, pois o valor já está em vigência por medida provisória desde janeiro. Para se ter uma base de comparação, segundo o DIEESE, o salário mínimo necessário para arcar com as despesas mensais dos trabalhadores deveria ser de R$5.330,69 em abril deste ano.

O método usado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) acompanha a evolução dos gastos necessários com habitação, alimentação, vestuário, transporte e higiene, ou seja, apenas as necessidades básicas. A discrepância entre os valores necessários e aqueles em vigência é aumentada progressivamente com a política explícita de desvalorização do salário mínimo adotada pelos governos a partir do golpe de 2016.

Dia 29/5 vamos às ruas

Não existe solução para os problemas dos trabalhadores que não passe pela mobilização popular nas ruas. Desde o começo da pandemia, o PCO lançou um programa consequente para o combate à pandemia, que incluía a proibição dos despejos, dos cortes de água e luz. Necessidades básicas e que certamente seriam atacadas como foram diante da crise econômica.

Dia 29/5 vamos às ruas para exigir que a população tenha acesso ao que é seu por direito. Exigimos vacinação já para toda a população, um auxílio emergencial de um salário mínimo por pessoa, a redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais sem redução de salários. Não podemos ficar de braços cruzados esperando por um milagre, que não virá do STF nem do Congresso Nacional. Só o povo pode conquistar essas reivindicações!

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