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Gasolina a 7 reais

Preço médio da gasolina ultrapassa R$6

Como o imperialismo vem agindo para aumentar a gasolina e entregar nossas riquezas.

O fracasso da política econômica iniciada pelos golpistas jogou a gasolina para valores estratosféricos, de acordo com a própria imprensa burguesa, o preço médio da gasolina já ultrapassou R$6 em todo país, chegando a mais de R$7 em muitas cidades.

Chega a ser inacreditável o peso no bolso do trabalhador: nem mesmo um filme de terror seria capaz de prever a brutalidade com a qual os que deram o golpe de Estado contra a presidenta Dilma estão agindo contra o povo. Desde tal fato na nossa história, em 2016, os golpistas mudaram a política de preços da gasolina e do óleo diesel, que passaram a se basear na variação internacional do mercado, minando o poder de atuação do Estado brasileiro e entregando até a regulação dos preços, completamente, aos golpistas.

Não podemos deixar de fazer menção ao fato de que os inimigos do povo ainda não se saciaram: querem terminar de privatizar a Petrobrás, maior empresa pública brasileira e uma das maiores do mundo, responsável por resguardar nossa principal commodite, o petróleo. 

A sequência de ataques ao petróleo vem de longa data

A criação da Petrobrás data do segundo governo do presidente Getúlio Vargas (1951-1954), que contou com uma política nacionalista burguesa em relação as riquezas nacionais, sendo responsável, além da criação dessa estatal, de fortalecer a atuação do Brasil no mercado mineral (com a criação da Vale do Rio Doce, entregue pelo PSDB por um milésimo do valor). Essas ações do governo Vargas geraram o ódio do imperialismo que planejava um golpe, o que acabou levando ao suicídio do então presidente em 24 de agosto de 1954. Só isso já demonstra o papel central que tem o petróleo na nossa história, tendo sido o motivo de muitos dos golpes: foi sanha de Carlos Lacerda entregá-lo, depois da ditadura militar, e, principalmente do PSDB e da direita no período da Nova República.

Avançando um pouco mais na história do petróleo no Brasil, vamos ao ano de 2000, no governo FHC (um dos maiores inimigos do povo de toda nossa história). Sob seu governo, houve uma tentativa de mudar o nome da Petrobrás para Petrobráx, na tentativa de facilitar sua privatização – o que acabou não ocorrendo. Mas antes disso, no ano de 1997, o entreguista Fernando Henrique Cardoso retirou o monopólio da exploração de petróleo da empresa, mostrando a face terrível do PSDB, que o povo brasileiro conhece bem.

Privatização da Petrobrás: Da Abertura do Capital até a mudança na política de preços e os dias de hoje

A empresa, no ano de 2010, teve seu capital comercializado na bolsa de valores para quem tivesse interesse em ser acionista minoritário da empresa. Essa ação foi tomada pelo então presidente Lula, em uma capitulação do presidente às pressões dos capitalistas, um aspecto próprio da confusão da política do nacionalismo burguês: que, por um lado, tenta conciliar com o imperialismo, mas, por outro, tem uma base social real (na classe operária e em seus instrumentos, como sindicatos), estrutura-se efetivamente sobre ela, então sofre pressão dela e tende a defender seus interesses ou os do imperialismo a depender da correlação de forças na luta de classes.

A abertura do capital na bolsa de valores representou um ataque à empresa e, por conseguinte, ao nosso petróleo e à nossa soberania nacional. Lembremos que o preço da gasolina girava em torno de 3 reais, e a direita toda fez um escarcéu na época.

Durante o governo ilegítimo e direitista de Michel Temer, tudo piorou para as condições de vida do povo: o fim da obrigatoriedade da participação da Petrobrás nos blocos do pré-sal, venda de ações ordinárias na empresa (que dão direito ao voto nas decisões, portanto afastando o Estado do poder sobre ela), e mudança na política de preços (que agora passa a refletir o mercado internacional e os constantes aumentos do preço dele, tornando o Brasil um país ainda mais refém do imperialismo).

Não bastasse isso tudo, Paulo Guedes, entreguista-mor deste governo ilegítimo de Bolsonaro, já anunciou suas intenções em privatizar a empresa, isto é, em entregá-la por completo ao imperialismo, retirando o resto de soberania que sobrou a nosso país.

Com isso, o reflexo natural é a escalada do preço da gasolina, que serve para favorecer os lucros dos patrões, o lucro dos capitalistas, e terminar de assaltar o povo trabalhador. A gasolina no Brasil está, hoje, custando o preço de 6 reais na maioria dos lugares e, a depender da localidade, ultrapassa os 7 reais! A direita, que usou sua máquina de propaganda para defender o golpe contra a Dilma, por a gasolina estar a 3 reais, entregou nosso patrimônio para que a elite internacional e agora, para termos acesso ao que o nosso próprio país produz, precisamos pagar 7 reais no litro!

Por fim, citemos que a ex-presidenta Dilma denunciou a privatização da Petrobrás, como sendo um golpe, demonstrando o caráter acima citado do nacionalismo burguês. É preciso entender que o roubo a nosso patrimônio se intensificou com o governo do golpe, que elevou o preço de tudo, que jogou a inflação nas alturas, e que agora pune com ainda mais força o povo. Apenas a volta de Lula, motivada pela luta dos operários, mobilizados, por sua própria base, formando um governo dos trabalhadores, terá a possibilidade de reverter as privatizações! Ainda assim, será necessário manter uma luta política séria e manter a mobilização permanente contra os ataques perpetrados pelos golpistas.

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