Segundo dados divulgados pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), a venda de veículos em novembro deste ano, incluindo caminhões e ônibus, atingiu um total de 172.3 mil unidades vendidas.
Entretanto, em relação ao mesmo período do ano passado, este número representa uma queda de 23,4%. Com isso, obtivemos o pior novembro em cinco anos, desde o golpe de estado no Brasil.
Estes dados já mostram seu reflexo na economia brasileira. Consequente da falta global de semicondutores e, acima disso, da crise econômica voraz no Brasil, diversas empresas de automóveis estão fechando suas portas e demitindo seus funcionários.
Na fábrica da Volkswagen de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, 1,5 mil funcionários estão com seus contratos suspensos desde o início de novembro, algo que deve ser mantido até março. Nesse período, a linha de produção funciona apenas com um turno.
Além disso, a Fiat suspendeu o contrato de 1,8 mil funcionários da fábrica de Betim (MG) por três meses a partir de 1.º de outubro. Na unidade da General Motors de São José dos Campos (SP), o mesmo foi feito para 700 operários, assim como para 300 na planta da Renault em São José dos Pinhais (PR). Ademais, a fabricante francesa abriu um programa de demissão voluntária (PDV) para 250 trabalhadores e a Honda fez o mesmo nas plantas de Indaiatuba e Itirapina, ambas em São Paulo.
O golpe de estado e a consequente aplicação de uma ditadura neoliberal no Brasil deixam seus efeitos cada vez mais claros, com um aumento quase que exponencial da pobreza no país. Além disso, o aprofundamento da crise imperialista como um todo se mostra cada vez mais presente, com a miséria e a fome atingindo os mais diversos países ao redor de todo o mundo.