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Interesses imperialistas

Petrobras: Bolsonaro e o teatro do presidente impotente

Situação da Petrobrás é um ataque ao povo que está sendo assaltado para enriquecer ainda mais os parasitas do mercado financeiro

Jair Bolsonaro é um fanfarrão. Quantas vezes não terá gritado soltando perdigotos “eu que mando, o presidente sou eu, pô!”? Existe uma diferença entre ser eleito para a presidencia de um país e o presidir de fato. Bolsonaro também diz que é “imorrível”, veremos; “incomível”, sabe-se lá e “imbrochável”… há controvérsias, principalmente quando o assunto é Petrobras, e, como diz a sabedoria popular, ‘falar é de graça’.

A eleição de Bolsonaro, fruto do golpe ‘com Supremo, com tudo’, parecia ser um apocalipse para a esquerda, o fim dos tempos. Mas o tempo mostrou que a burguesia conseguiu controlar suas ações e o colocou sob rédeas curtas. Durante todo o seu mandato, a esquerda (salvo honrosas exceções como o PCO e militantes de base do PT) gastou energia à toa fazendo campanhas intermináveis exigindo que trocasse de ministros em vez de fazer campanha pelo “Fora, Bolsonaro”. Pois bem, ministros foram trocados e nada mudou.

Bolsonaro relata estupro mas não faz nada para impedir

Bolsonaro joga para a galera. Em sua live do dia 5 de maio, vociferou para a Petrobras “Não aumente mais o preço dos combustíveis, o lucro de vocês é um estupro, é um absurdo!”. E completou “Eu não mando na Petrobras, ela não é uma Estatal, se fosse estatal eu teria decidido reduzir a margem de lucro”. A verdade é que ele mentiu, o governo controla, sim, a empresa, mas não quer entrar em contradição com o imperialismo.

Golpe visava também o petróleo

O conflito entre Rússia e Ucrânia, motivado pelo cerco da OTAN, mostrou, para quem tinha dúvidas, o quanto o petróleo é importante, embora durante muito tempo tenhamos ouvido certos “economistas e comentaristas de aluguel” afirmando que petróleo era uma coisa superada e do passado. Em dezembro de 2015, por exemplo, O Globo afirmava “Agora, na atual conjuntura, não há mais interesse no pré-sal brasileiro. Nem a Petrobras tem como tocar a exploração…”. Cinco meses depois deram um golpe na presidenta Dilma Rousseff, assumiu Michel Temer e hoje, o Pré-sal bate recordes e corresponde a 75% da produção brasileira.

O Wikileaks mostrou em 2010 que José Serra já prometia o Pré-sal para as petroleiras estrangeiras. O PT tinha certos planos para o petróleo que não interessava ao grande capital. Como já dissemos em mais de uma ocasião, o imperialismo é um sistema global de dominação. Portanto, ele precisa controlar a produção do óleo no Brasil e no mundo. Não é à toa que destruiu o Iraque, a Líbia, tentou inúmeros golpes na Venezuela. Por isso orquestraram o golpe de 2016.

O cerco à Rússia não tem outro motivo que desmembrar o país em vários países pequenos, como fizeram com o Oriente Médio e assim dominar política e economicamente a região. A ideia era se apoderar da produção e distribuição de gás natural e petróleo, os principais itens de exportação russos. O problema para o imperialismo é que Vladimir Putin tem outros planos e resolveu lutar para se defender.

Transferência de riquezas

O imperialismo é capaz de controlar os países atrasados. Aqui no Brasil conseguiram fatiar a Petrobras e dolarizar os preços. Temos petróleo, temos tecnologia para extraí-lo de águas profundas, mas pagamos o preço do mercado internacional. Os acionistas privados, a maioria fora do País, recebe os lucros do nosso petróleo. Claro que antes tomaram o cuidado de fazer aprovar uma lei que garante que não se pague imposto sobre dividendos. Trata-se de um roubo descarado.

O preço do gás de cozinha já consome 10% do salário mínimo, existem pessoas que estão cozinhando à lenha. Há relatos de pessoas que se queiram ou morreram por terem de cozinhar com álcool automotivo. O aumento no preço dos combustíveis tem impactado na inflação e o brasileiro fica a cada dia mais pobre.

A Petrobras lucrou no trimestre R$ 44,5 bi e vai distribuir R$ 48,5 bilhões em dividendos, ou seja, mais do que lucrou! A imprensa golpista, a mesma que desdenhou o Pré-sal, correu para explicar que a União é a maior acionista e que por isso o dinheiro não sai “todo” do Brasil. Ou seja, tenta jogar uma cortina de fumaça no problema.

A União poderia, se tivesse controle sobre a Petrobras, administrar os preços, poderia baixar a lucratividade para garantir combustível mais barato o e assim incentivar o crescimento econômico. Poderia destinar recursos para Saúde, Educação, Infraestrutura, Pesquisa…, as possibilidades são inúmeras. Sem poder controlar as suas riquezas, o Brasil continua sem conseguir se desenvolver e assim é obrigado a permanecer como um vendedor de commodities e consumidor de produtos tecnológicos, com maior valor agregado.

Péssimo ator

Bolsonaro cumpre seu papel de presidente impotente. Poderia fazer alguma algo se quisesse, pois, como ele mesmo gosta de gritar, é o presidente, tem a caneta na mão, mas só fica assistindo o País ser estuprado. A questão é que não vai fazer nada pois vai bem no papel de capacho. Embora se comporte como machão, a realidade vai se impondo e mostrando aquilo que de fato é.

A esquerda, em sua maioria, se negou a lutar para derrubar esse serviçal do imperialismo, e por isso a população tem a cada dia encontrado mais o caminho da miséria e do desespero. Se olharmos bem, boa parte da imprensa também faz um papel ruim, finge que é combativa quando fica gritando contra cada novo presidente da Petrobras como se isso realmente importasse. A luta fundamental, de ir às ruas contra o golpe, de derrubar esse governo ilegítimo, foi completamente evitada.

A CUT tem o dever de reunir a classe trabalhadora e ir para cima contra esse governo e contra esses abusos. É importante eleger Lula para presidente, mas não é preciso esperar as eleições para reverter esse quadro. Disposição para lutar não falta, pois não existe um único trabalhador que não esteja revoltado com tantos ataques à sua condição de vida.

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