A subserviência dos países atrasados às grandes metrópoles do imperialismo entristece a sociedade de uma maneira geral, indigna os sabedores da situação e avassala a população de diversas formas.
Aos trancos e barrancos podemos dizer que o Brasil tem hoje um enorme potencial técnico-cientifico que favorecem o país a enfrentar situações delicadas com a pandemia de corona vírus, às custas de muito suor de sua população trabalhadora, que mesmo sugada por suas metrópoles desenvolveu uma estrutura educacional e, neste caso, de ferramentas para lidar com essa situação.
Contudo, é estranho pensar que mesmo assim, após meses e meses de pandemia, o Brasil não tenha métodos de testagem em massa de sua população e ainda nenhum tipo de vacina, sendo que diversos outros países, mais pobres inclusive, já desenvolveram ou estão em processo de desenvolvimento de suas vacinas, como é o caso da Rússia e de Cuba.
No entanto, não é de agora que percebemos uma apatia orientada do Brasil na lida com esta doença, visto que desde o momento da declaração de pandemia mundial pela OMS vemos por A mais B que o potencial cientifico aqui instalado esta totalmente a mercê da politica dos golpistas.
Por pressões dos capitalistas da área da saúde, o governo golpista de Jair Bolsonaro e aqueles que se dizem seus opositores, os governadores estaduais de direita e ate mesmo os de esquerda, não desenvolveram politicas de testagem da população e optaram, demagogicamente, pela propaganda do “isolamento social” apenas, que mesmo sendo uma medida necessária não é a ferramenta única para solução desse problema, ainda mais tendo em vista o que qualquer cidadão consegue perceber, que mais da metade da população não tem condições para fazer isso.
Diferentemente da burguesia e de parte da classe media brasileira, que desfruta de boas casas, boa alimentação, e demais condições que favorecem sua permanência em “home office” os trabalhadores se viram em uma situação em que a propagação do vírus foi e ainda esta sendo fulminante, vitimando centenas de milhares de vidas até o momento.
Situação semelhante ocorre agora, em que é necessário desenvolver políticas para a vacinação da população e os governos nacionais estão perdidos e novamente a mercê do interesse dos capitalistas da saúde. Poucas semanas atrás o Ministério da Saúde divulgou o cronograma de compras das vacinas para este ano, e todas são desenvolvidas em laboratórios estrangeiros – consorcio covax facility, coronavac/sinovac, oxford/astrazeneca e sptnic V/instituto gamaleya – compradas a um custo estimado de 9,3 bilhões de reais.
Percebemos aqui então, mais uma vez, um “ajoelhamento” do golpistas aos interesses dos capitalistas da saúde, que apesar de verem uma estrutura propicia ao desenvolvimento de tecnologias e soluções próprias nacionais, não as deixam serem alavancadas, visto que certamente em algum momento iriam se chocar com a cartelização e monopólio das empresas dessa área.
Pelo contrário, em janeiro foi anunciada a redução em 69% o benefício fiscal do governo federal para importação de insumos e equipamentos dedicados à pesquisa, que segundo a direção do CNPq é, nos últimos anos, completamente consumida pelo setor da saúde, principalmente pelos institutos Butatan e Fiocruz, que nos últimos meses vinham aprofundando as pesquisas sobre o coronavírus.
Quem mais sofre com isso, claramente, é a população trabalhadora, que vêm seus entes queridos morrerem por pura disputa de mercado entre os monopólios capitalistas e demagogia politica. É preciso que as lideranças políticas de esquerdas e dos movimentos populares deixem seus egos de lado e se unam na luta pelo fora Bolsonaro e todos os demais golpistas, e assim possam conduzir a luta popular para as soluções que realmente favoreceram os trabalhadores brasileiros.