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Gás de cozinha

Necessidades básicas viram artigos de luxo

Mais de 3 milhões de família já não conseguem comprar o item mais básico para cozinhar alimentos

Dados da pesquisa PNAD Contínua – Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio, que são pesquisas realizadas pelo IBGE por amostra de famílias, e que divulgam os estudos trimestralmente, revelaram que no segundo trimestre de 2021 houve uma alta de 27% das famílias brasileiras que estão usando lenha para cozinhar. São mais de 3 milhões de famílias sem condições de comprar gás de cozinha, o GLP, já que os aumentos dos derivados do petróleo, cotados aos níveis internacionais, em dólar, sobem sem parar.

O Nordeste é onde se concentra o maior número de famílias usando fogão a lenha. São 4,8 milhões de lares, e o Sudeste foi a região onde mais cresceu o uso do fogão a lenha no país. Já são mais de 2,9 milhões de lares cozinhando seus alimentos com lenha. Vale lembrar que esse crescente uso de lenha para cozinhar faz com que venha aumentando o número de acidentes com queimaduras. Isto é devido que as pessoas estão cozinhando com lenha por necessidade e não tem o costume de usar fogão a lenha, ou melhor, cozinha no fogo de lenha, pois obviamente se não tem dinheiro para comprar gás de cozinha, não tem dinheiro para construir um fogão a lenha.

Uma comparação importante de fazer é que em 2001, no governo FHC – PSDB, o GLP custava em média R$18,69, o que equivalia a 10,38% dos R$180,00 de salário mínimo da época. Hoje, no governo Bolsonaro, sem partido e ex-PSL, esse percentual equivale a 8,88%, com o GLP a R$97,40 em SP, e o salário mínimo a R$1.100,00.

Em dezembro de 2012, o GLP custava R$44,70, 0,05% do salário mínimo de R$788,00. 

Em relação ao consumo de carne para 2021, o IBGE pontuou que o consumo de carne será o menor da série histórica desde 1996, quando chegou ao ápice em 2013 no governo Dilma – PT, com o consumo de 96,7 Kg de carne por pessoa ao ano. Em 2020, o consumo foi de 36 kg por pessoa, quarto ano de queda iniciado com o golpe. No entanto, o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento, Sergio De Zen, refere que não é preciso se preocupar, pois o consumo geral do brasileiro se mantém no nível de vários países, incluindo países desenvolvidos como a União Europeia, cujo consumo foi de 89,3 quilos por habitante, média dos últimos cinco anos. Na Austrália, ficou em 101,2 quilos; nos Estados Unidos, em 116,8 quilos… não sabemos informar que tipo de contas o Sr. O diretor fez para chegar a esta conclusão.

Até o consumo de ovos caiu, proteína que a população estava usando para substituir a carne. No início de 2021 era previsto que o consumo de ovos continuaria subindo, devido a alta no preço das carnes, no entanto no último mês houve uma queda no consumo que causou desvalorizações que foram registradas em todas as regiões produtoras acompanhadas pelo CEPEA – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. Para elevar as vendas, produtores recorreram a descontos para desencalhar os ovos, que são perecíveis e estragam rapidamente ainda mais no calor.
Em relação ao desemprego, isto é, pessoas maiores de 14 anos que estão aptos a trabalhar e não têm um emprego, neste sentido não se considera desempregado quem está na informalidade, temos no Brasil atualmente 74,9 milhões de pessoas; São 5,6 milhões de pessoas são desalentadas, isto é, desistiram de procurar emprego após longo período fora do mercado de trabalho; Outras 30,2 milhões de pessoas não têm trabalho formal, isto é, carteira assinada; e mais 24,8 milhões de pessoas trabalham por conta própria.

No geral, a política neoliberal dos governos de extrema-direita estão a cada dia gerando mais miséria, o Brasil voltou a ficar abaixo da linha da pobreza. O número de pessoas abaixo da linha da pobreza triplicou, chegando a 27 milhões de pessoas, 12,8% da população brasileira. Esse levantamento foi feito pela FGV- Fundação Getúlio Vargas, que também apontou que muitas famílias tentam sobreviver com o valor de R$246,00 (US$43,95) por mês.

Apesar de a imprensa capitalista não fazer grande alarde, a inflação sobe dramaticamente, o litro de leite mais barato em um atacado na região do ABC Paulista na semana passada, era de R$4,09. Apesar de tudo isso, a previsão de aumento do salário mínimo para 2022 não corresponde à reposição da inflação, nem está sendo discutido aumento de salário real para os trabalhadores.

O PCO, vem colocando a necessidade de discutir e através de mobilizações gerais dos trabalhadores, reivindicar um salário que contemple verdadeiramente as necessidades dos trabalhadores brasileiros. Segundo o DIEESE, no mês de agosto de 2021, o salário mínimo deveria ser de R$5.583,90, para uma família de quatro pessoas, pais e dois filhos, sendo que todos usariam saúde e ensino público.

Outra reivindicação necessária, é a diminuição de horas de trabalho para 35h semanais, sem diminuição dos salários, como forma de gerar ofertas de empregos.

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