Nesta sexta-feira (10), o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, denunciou mais uma vez as tentativas dos Estados Unidos de dividir os países latino-americanos e atacar a Celac -Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (com exceção dos EUA e Canadá), uma cúpula sobre Integração e desenvolvimento dos países que a compõem.
“Não podemos esquecer que esta unidade tem inimigos, e o inimigo é o ianque que tem combatentes governando em alguns países que fazem o trabalho do ianque de manter nossa região dividida, desunida”, denunciou Ortega quando participava de um desfile da Polícia Nacional.Ortega acusou ainda a Colômbia de ficar contra a participação do governo da Venezuela, presidida por Nicolás Maduro, na cúpula de Chefes de Estado e de Governo da Celac que ocorrerá no dia 18 de setembro, no México.
Segundo Ortega, a Colômbia é um “estado narcoterrorista”, que está à serviço dosa americanos na região. Se referindo ao golpista Juan Guaidó, ex-deputado que se autoproclamou presidente interino da Venezuela em 2019, Ortega diz que, para esses colombianos aliados do imperialismo, “o presidente da Venezuela é o covarde que os ianques têm percorrido de cima a baixo e que é reconhecido por uma minoria de nações no mundo. Dos 190 países do mundo, apenas 50 governos, muitos deles nem o conhecem mais”.
Os Estados Unidos sempre articularam a divisão da Colômbia com a Venezuela, cujos povos são explorados pelo imperialismo.
Ortega relembra a ação imperialista de sabotagem na época da criação da Celac. Segundo o sandinista, os líderes latino-americanos, respeitando a diversidade ideológica de cada um, compreenderam a necessidade da unidade latina e caribenha na luta para libertar seus países da tutela dos Estados Unidos.
Em fevereiro de 2010, o então presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, tentou romper a unidade da região quando ocorria a Cúpula da Unidade da América Latina e do Caribe, ocorrida no México, que lançaria as bases para a criação da Celac em 2011.
Diante dessas denúncias do líder sandinista Daniel Ortega, fica cada dia mais claro o recrudescimento das ações imperialistas dos Estados Unidos. Desestabilizar a unidade latino-americana, impedir que qualquer um desses países do continente cresça e seja um líder na região é política prioritária do regime imperial dos Estados Unidos, hoje comandado e intensificado por Joe Biden, que se elegeu passando a imagem de um líder democrático, diferente de Donald Trump, mas na prática é um presidente com histórico imperialista no departamento de Estado dos Estados Unidos e hoje tem apoio para a missão de tirar o império de sua tremenda crise financeira e militar.
A derrota dos americanos no Afeganistão é um novo estímulo para a luta de todos os povos oprimidos no mundo. Porém, possa ser que essa derrota leve a ala mais radical do imperialismo a aumentar suas ações contra diversos países.
Enfim, é preciso continuar articulando a união dos povos latino-americanos para enfrentar as ações militares e políticas do imperialismo norte-americano, cujo fim é manter sob seu domínio as riquezas de todos os povos oprimidos, utilizando para isso diversas políticas, desde a identitária na cultura, a neoliberal na economia até os militares. Eles dividem, fazem alianças com governos nacionais entreguistas, como o da Colômbia, e mantém sob seu domínio toda a região.
Que os latino-americanos continuem denunciando essa sabotagem e tentativa de divisão e dominação dos povos, a fim de que todos possam se rebelar e expurgar todos os exploradores.
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