O Ministro da Economia, Paulo Guedes, aproveitou a coletiva desta sexta (22) com a presença do presidente ilegítimo Jair Bolsonaro, no Ministério da Economia, para sugerir que o Banco Central acelere a subida da Selic, a taxa referencial dos juros nominais do país, para conter os efeitos negativos da alta da inflação que, nos principais índices, chegou a dois dígitos nas últimas semanas. Como o IPCA que atingiu 10,25%, o INPC em 10,78%, INCC em 11,99% e o IGPM que em setembro atingiu 24,86% a.a. nos últimos 12 meses.
Setores do mercado financeiro esperam uma nova alta na próxima semana, numa nova reunião do COPOM. A taxa que recentemente para 6,25% ao ano pode chegar a 7,25%, segundo dirigentes do BC.
Afirmou Guedes:
“Se o fiscal piorou um pouco, eu voltei [de viagem aos EUA] e o fiscal piorou um pouco, então tem que correr um pouquinho mais com o juro também”
O aumento dos juros é vista com preocupação por economistas pois prejudica a oferta de crédito, principalmente para pequenas empresas e para pessoas físicas, aumenta a dívida do Estado brasileiro rapidamente e desestimula o investimento no setor produtivo, incentivando a especulação financeira.