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Miséria

Endividamento de famílias atinge novo recorde em setembro

Com tantos anos de crise, de pandemia, de fome e miséria, a saída será pela via do socialismo, inevitavelmente.

Foi divulgado o índice de consumidores inadimplentes no Brasil. A Confederação Nacional do Comércio de Bens e Serviços (CNC) informa que a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) resultou que 74% das famílias estão endividadas. 

Este é outro recorde, que supera os de agosto com 72,9% e setembro de 2020 com 67,2%. A CNC informa que o endividamento é favorecido pelo fato dos juros estarem relativamente baixos, favorecendo os empréstimos. Isso significa que a população está usando o crédito para compor a renda.

Também a utilização do cartão de crédito confirma que o crédito está sendo usado para compor a renda, e que 84,6% dos endividados alegam ter usado o cartão, o que é outro recorde.

A pesquisa informa ainda que 25,5% estão com dívidas em atraso, e que 10,3% não têm condições de pagar. O percentual é inferior ao apurado em agosto e setembro de 2020, que foram, respectivamente, 10,7% e 12%.

O presidente da CNC, José Roberto Trados, diz, conforme matéria do jornal golpista G1, que é um sinal positivo que a inadimplência não esteja subindo. Só não fala que é positivo para quem recebe as parcelas do empréstimo, ao contrário da situação dos tomadores de empréstimos. 

E ainda é cínico ao dizer que o brasileiro está conseguindo controlar seus gastos e o orçamento. Como é possível controlar bem o orçamento tendo que recorrer a empréstimos a juros exorbitantes para poder pagar as contas? 

E ainda diz que é porque a inflação em alta corrói a renda das famílias e principalmente as de menor renda que a população está fazendo um bom uso do crédito. Para os bancos a situação está perfeita, emprestam dinheiro a juros, os mais altos do mundo, e a inadimplência é baixa. O lucro é garantido.

Se 74% das famílias estão recorrendo a empréstimos para poder passar o mês, é consequência dos baixos salários que recebem e que não dá nem pra comer, que dirá para pagar as contas. 

As empresas estão reduzindo o salário, demitindo e diminuindo os benefícios para os trabalhadores. A inflação em alta vertiginosa, corta o que os trabalhadores podem comprar. Para continuar a sobreviver, os trabalhadores precisam recorrer a empréstimos bancários a juros altos para ajudar no pagamento das contas de água, luz, gás e etc.

Os bancos estão faturando como nunca, na crise, na pandemia, no desemprego e na perda de direitos trabalhistas e previdenciários. Os trabalhadores fazem verdadeira ginástica com o salário minguado para manter a família. Isso tudo é sinal da gigantesca crise por que passa o capitalismo.

Este não consegue mais manter minimamente o nível de emprego na economia, com isso as vendas despencam, tanto de bens duráveis como os não duráveis, de alimentos, aluguel, luz, água, internet e tudo o mais. O sistema de produção está se degradando a olhos vistos.

É por isso que as ruas têm apresentado um número crescente de moradores sem teto, sem emprego, sem saúde e não conseguindo proporcionar minimamente a sobrevivência do povo pobre. Gera um cem números de miseráveis perambulando pelas ruas sem eira e nem beira. Este é o quadro atual do sistema capitalista.

Como vemos ele se encontra na UTI, aguardando apenas a certidão de óbito e falência generalizada das instituições do estado burguês. A crise social atinge níveis não vistos desde a grande depressão dos anos 30 do século passado.

Ao que tudo indica, depois de 14 anos de crise, agravada pela pandemia, e ninguém vê luz no final do túnel, tudo leva a crer no desastre total desse modo de produção. E se nada acontecer para mudar essa rota de catástrofe, os tempos futuros serão ainda muito piores.

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