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Terceira via

Doria se apresenta: o governo das privatizações

Assim como Bolsonaro, Dória promete privatizar tudo. Isso ele já fez em seu governo no estado de São Paulo, até os parques não escaparam dele.

doria bolsonaro flickr planalto

Conforme já noticiado neste jornal, o candidato do PSDB, João Doria, venceu as convenções internas do PSDB com muitos poucos votos da militância e a maioria dos caciques do partido. O processo eleitoral foi marcado por ineficiência do aplicativo adotado e a presença de poucos militantes na votação, e ainda o peso dos votos dos não caciques, a base, com pesos muito inferiores aos dos caciques.

No discurso de vitória, prometeu, se eleito, repetir as ações do FHC nos anos oitenta, que marcou a história do país com muitas privatizações, Vale do Rio Doce – a Vale, Telebrás em processos marcadamente fraudulentos e que poucos recursos foram angariados pelo estado brasileiro. A promessa era privatizar para melhorar as condições do estado na gerência do país.

A consequência foi que as coisas pioraram muito, a dívida pública evoluiu de R$ 153,2 bilhões em 1994 para R$ 850 bilhões em 2002, a fome avançou demais, com crianças morrendo de fome aos montes. Isso levou a que Herbert de Souza, o Betinho, criasse o programa “fome zero” com arrecadação de doações vindas da sociedade, e depois encampado pelo posterior governo do PT, o Lula, com o nome de Bolsa Família, e que hoje o governo Bolsonaro fechou de vez.

Como o Doria anuncia fazer um governo igual ao do FHC, fica claro que a Petrobrás vai ser uma das primeiras a serem entregues à iniciativa privada, como quer a burguesia. Não é por outro motivo, é que o petróleo é a principal riqueza nacional e muito disputado no mundo inteiro, causando inclusive guerras entre o imperialismo e as nações que se recusam a entregar essa riqueza ao imperialismo.

O próximo passo seria privatizar os portos, rodovias e ferrovias. As Companhias Docas e autoridades portuárias, segundo estimativas de investidores e dos setores produtivos, deverão obter R$ 16 bilhões de investimentos só na primeira fase, e apenas em três portos, o de São Sebastião, Espírito Santo e Santos. Lembrando que isso são estimativas e como a experiência já demonstrou, é provável que não aconteça.

Esse montante é equivalente ao que as empresas públicas deixaram de investir entre 2000 e 2020 e só conseguiram realizar apenas 30% do orçamento previsto. Os dados são da CNI (Confederação Nacional da Indústria) noticiado no jornal Uol economia.

Segundo o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a iniciativa é a busca pela abertura dos portos, “ao capital estrangeiro” (grifos nossos). É preciso lembrar que os portos, na quase totalidade de países, é uma atividade exclusiva do estado, além de ser de estratégico nas políticas de desenvolvimento nacional.

Como já demonstrado anteriormente, as privatizações serão outro desastre para a economia, basicamente o povo trabalhador, com a desculpa de aliviar as dívidas do governo, acaba que elas aumentam desenfreadamente. Exemplo da Vale e da Embratel. No caso da Vale foi vendida por R$ 3,3 bilhões quando seu faturamento anual era de R$ 2 bilhões. A Embratel foi entregue por R$ 8,8 bilhões e o governo FHC havia investido anteriormente R$ 21 bilhões.

O caso é que a imprensa, que é toda ela burguesa, faz uma enorme campanha enganosa para a população, dizendo que foram arrecadados milhões e na verdade os valores contabilizados deixam claro que foi um ótimo negócio para os compradores, deixando o estado ainda pior do que estava antes. Puro marketing enganoso para iludir o povo.

Novamente agora a terceira via, neoliberal como o FHC, vem com a mesma história de que é preciso privatizar para melhorar a condição do estado. E novamente transferir o patrimônio do povo para a iniciativa privada, à custa novamente de mais fome e miséria para o povo e enriquecendo ainda mais a burguesia capitalista.

Tudo isso é prova contundente da morte iminente do estado burguês no Brasil e nos demais países, inclusive nos EUA e Europa. Diante da possibilidade de morte súbita, o imperialismo está tirando tudo que os trabalhadores conseguiram com muita luta, mortes e ferimentos sofridos pelo braço armado do capital, as forças policiais e militares, que atacam ferozmente os trabalhadores que estão tentando sobreviver no verdadeiro inferno que é o capitalismo para eles, mas que é um paraíso para os capitalistas burgueses e imperialistas.

Diante de tamanho ataque aos direitos dos operários, estes precisam se organizar em conselhos populares nos bairros, empresas e escolas. Elaborar um plano de luta e de reivindicações e ir para as ruas e gritar aos quatro cantos do mundo pela sua libertação de tanta opressão, fome e miséria. Uma completa escravidão. É hora de deixar as ferramentas quietas e ir à luta contra os opressores burgueses até a vitória final. Uma terra sem amos, a internacional socialista.

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