A imprensa golpista O Globo, através de seu canal Extra, em 17/04, anuncia que o presidente da Petrobrás Roberto Castello Branco, em coletiva pela internet, alerta para o risco de desabastecimento de gás GLP, de botijão.
Recentemente a Unica, que representa os produtores de etanol, pediu ao governo o aumento do imposto cide para a gasolina passando dos atuais R$ 0,10 para R$ 0,50.
Esse aumento traria a diminuição do consumo da gasolina e aumentando o do etanol. O resultado seria a diminuição da produção da gasolina juntamente com a do gás, pois gasolina e gás resultado do mesmo processo de refino. Vemos então que a diminuição da produção afetaria o abastecimento de gás, levando a maior importação do produto que é limitada (regras da ANP), podendo ocasionar a falta dele no mercado e a consequente elevação nos preços.
Como é a Petrobrás quem refina o petróleo para produzir gasolina e o gás, arcaria com o prejuízo do aumento da CIDE e ao mesmo tempo da redução das vendas com menor procura. Fica bastante claro que a intenção é jogar o prejuízo nas costas da Petrobrás, favorecendo os lucros dos produtores de etanol.
Soma-se ao fato que a empresa tem 160 casos de coronavírus entre seus funcionários, e encontra-se com duas refinarias paradas provocando a diminuição da produção do GLP com consequente desabastecimento e aumento da importação. Ele reclama ainda que as distribuidoras não repassam a diminuição dos preços adotados pela política da empresa aos consumidores.
Roberto Castello Branco chega a afirmar que a Petrobras não pede incentivos e privilégios ao governo, ao contrário de alguns setores que considera capitalistas inimigos do capitalismo. Nisso achamos que tem razão.
Ainda se compromete a não realizar demissões em massa, aposta na redução dos custos e venda de ativos para manter a liquidez e ainda com diminuição da produção de 200 mil barris/dia. Essa atitude revela a política de redução do tamanho da empresa, e nada fala de cortar dividendos aos acionistas.
Fica evidente a política de penalizar de todas as formas possíveis a Petrobrás com seu sucateamento, visando a entrega ao capital estrangeiro imperialista, num momento em que o preço do barril encontra-se abaixo dos 30 dólares no mercado mundial.
Para evitar a perda desse patrimônio muito importante que é a Petrobrás, faz-se necessário a organização de seus funcionários em conjunto com a população. E assim controlar a administração da empresa, cancelando as licitações de partilha e exploração do pré-sal, a compra das ações que estão na mão dos investidores estrangeiros, e etc.